O laudo que apontará se o terreno nas proximidades do Viaduto Cassaquera, em Santo André, está ou não contaminado deverá ficar pronto em 45 dias. A expectativa é do geólogo Crístines Antonio Ladan, da Falcão Bauer, empresa contratada pela Fundação Casa para realizar a investigação do passivo ambiental.

Segundo o geólogo, a etapa de recolhimento das amostras de água e solo subterrâneos foi concluída na semana passada e o material foi encaminhado para avaliação em laboratório.

A conclusão desta análise é que vai determinar se será possível erguer no espaço as duas unidades para internação de jovens infratores prevista para Santo André.

A prospecção é necessária porque sondagem anterior, realizada 2005, detectou que o terreno estava contaminado por chumbo e arsênio, localizados em concentração acima do limite permitido.

Apesar de o terreno de 12,5 mil metros quadrados entre a Avenida dos Estados e a linha férrea ter sido doado pela Prefeitura em março do ano passado, a investigação ainda não havia sido realizada porque o espaço está coberto por entulho - são cerca de 300 mil toneladas de resíduos.

Se o laudo afastar a existência de contaminação, para que a construção das unidades da Fundação Casa seja viabilizada ainda será necessário fazer o saneamento do terreno. Pelos cálculos da Prefeitura, o serviço de limpeza custará cerca de R$ 5 milhões.

Unidades - A Fundação Casa pretende construir dois prédios em Santo André e outros dois em São Bernardo. Cada estrutura poderá receber até 56 adolescentes - sendo 40 vagas para internação e 16 em regime temporário, dos que ainda aguardam decisão da Justiça.

Em Diadema, o Estado planeja erguer uma única sede, com as mesmas características. No Grande ABC, apenas em Mauá funciona unidade de internação para jovens em conflito com a lei.