Candidato à Prefeitura de Santo André pelo PSDB na disputa de outubro, o ex-vereador Paulinho Serra se comprometeu ontem a, se eleito, encaminhar à Câmara projeto de lei sobre plano de cargos, carreira e salários do funcionalismo público já em 2017, no primeiro ano de governo tucano. Em carreata, o postulante percorreu as ruas da região central da cidade, quando estabeleceu a promessa aos servidores. Em cima do caminhão de som, ele deu cinco voltas em torno do Paço, entre 17h e 18h, no fim do horário de expediente, depois seguiu para a Estação Prefeito Celso Daniel.

Paulinho assegurou abrir o diálogo junto ao funcionalismo logo nos primeiros dias de gestão e que sua proposta envolverá a construção de “plano possível” de implantação. “Os servidores sabem que o ideal não é possível financeiramente hoje pela situação econômica (da Prefeitura), mas podemos implementar programa progressivo, gradual. Dá para fazer desta maneira”, disse, ao frisar que o atual prefeito Carlos Grana (PT), assim como os antecessores, não cumpriu com esse pacto de valorização dos funcionários. “A desculpa é a mesma há anos: custo alto, terminar com o biênio. Não podemos mais ficar dando apenas justificativas”, emendou.

A administração municipal levantou que plano integral deve ter impacto nas contas da ordem de R$ 84 milhões ao ano na folha de pagamento. Os valores apurados adiaram avanço nas negociações com o Sindserv (Sindicato dos Servidores Públicos) de Santo André. Atualmente, o Paço gasta cerca de R$ 602 milhões com salários. São 16.051 funcionários, entre ativos e inativos. Paulinho assinou carta-compromisso, protocolada em cartório, após encontro com grupo de aproximadamente 200 servidores. “Nós vamos ainda investir na qualificação, treinamento, retomando, por exemplo, a escola de governo, combater assédio moral partidarizado, além de reduzir o número de cargos comissionados.”

Durante o trajeto do veículo, o tucano não poupou críticas a Grana e ao ex-prefeito Aidan Ravin (PSB). Ao passar em frente ao Fórum e ao Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André), Paulinho elogiou a atuação de promotores e juízes, garantindo que fará gestão “limpa e transparente”. “A cidade não ficará mais nas páginas policiais, não terá mais escândalos, chega de corrupção. Por isso, precisamos de mudança, projeto novo. Portanto, nem o atual prefeito nem o ex-prefeito. Somos alternativa forte e séria na concorrência, principalmente para resgatar Santo André ao rumo do crescimento, com geração de emprego e renda.”

No microfone, o tucano relatou que pesquisas de intenções de voto mostram que o PSDB é a “única candidatura viável que pode derrotar o PT” no município – a legenda nunca governou a cidade. “Santo André já votou 45 em 2014 e vai (majoritariamente) levar 45 de novo neste ano”, pontuou, referindo-se à votação do presidenciável e senador Aécio Neves (PSDB) há dois anos. O postulante obteve 164.060 sufrágios no primeiro turno, liderando o páreo no município, ficando à frente da então presidente Dilma Rousseff (PT), reeleita na ocasião e hoje com o mandato cassado, que angariou 111 mil adesões. Presidente nacional do tucanato, Aécio gravou vídeo, recentemente, em que declara apoio ao pleito de Paulinho, colocando o correligionário como melhor opção e de capacidade para gerir o Paço.