Esportes Titulo
Dimba e Edílson: ineficiência no setor ofensivo do São Caetano
Anderson Rodrigues
Enviado a Extrema
16/09/2005 | 08:57
Compartilhar notícia


Um é pentacampeão mundial pela Seleção Brasileira em 2002. O outro foi artilheiro do Campeonato Brasileiro em 2003. Edílson e Dimba, respectivamente, foram contratados no início do Nacional para acabar com a carência de gols do São Caetano. Os atacantes, com mais de 30 anos, fizeram juntos 13 gols até agora, grande parte deles em vão, já que nove (69%) foram anotados em derrotas ou empates da equipe do Grande ABC. Nas vitórias do Azulão, o Capetinha, por exemplo, não marcou nenhum gol. São dois nomes de peso, mas que ainda não caíram nos braços da torcida.

Dos quatro gols marcados por Edílson, por exemplo, apenas um resultou em pontos para o Azulão. O Capetinha balançou a rede pela primeira vez no empate (1 a 1) contra o Paraná Clube, que marcou a despedida de Estevam Soares. O atacante ainda fez um na derrota para o Vasco (3 a 2) e dois na goleada sofrida em Fortaleza (2 a 5).

A idade de Edílson (34) lhe concede algumas regalias no São Caetano. Enquanto os companheiros correm ao redor do campo às segundas-feiras, o Capetinha faz apenas um trabalho leve, de relaxamento e musculação. Quando há rodada às quartas, a cena é repetida no dia seguinte. "A cobrança é para todos. Mas não podemos negar que o Edílson é credenciado pelo o que fez na carreira. É um atleta diferenciado", opina o técnico Jair Picerni.

Seu companheiro de ataque também passa por um mau momento. Dimba surgiu no início do Brasileiro como uma das apostas para a artilharia. Chegou à marca de nove gols na competição, mas parou. Não balança a rede a mais de um mês – seu último foi na vitória por 3 a 2 sobre o Atlético-PR, dia 10 de agosto. Coincidentemente, o jejum do atacante também marca a decadência da equipe, que não venceu mais. Com os gols de Dimba, o Azulão fez 13 pontos, sendo quatro em vitórias e um em empate. Dimba também deixou sua marca em derrotas: foram quatro gols.

O rendimento da dupla do Azulão teve seu ápice numa partida. Na derrota para o Vasco, ambos fizeram gols. Porém, o time sofreu a virada no segundo tempo, em São Januário, e perdeu por 3 a 2. Além disso, fizeram 39,9% dos gols marcados pelo São Caetano na competição. Marcinho (Palmeiras), Robgol (Paysandu) e Alex Dias (Vasco) dividem a artilharia do torneio com 15 gols cada. Dois a mais que Dimba e Edílson juntos. "Não são só os dois que devem fazer a diferença. A responsabilidade aqui é dividida", explica Picerni.

Dias melhores – A chegada de Jair Picerni deve reanimar o desempenho da dupla de ataque do São Caetano. Nas últimas partidas, Dimba e Edílson sofreram na frente, onde ficaram isolados. Mesmo mantendo apenas um meia de criação (Canindé), o técnico promete abastecer os atacantes já no jogo de sábado contra o Flamengo, às 18h10, na Ilha do Governador-RJ. Clube em que ambos já atuaram, em épocas distintas, e que não tiveram muita sorte. "Os volantes e os alas apóiam bastante. Não faltarão oportunidades para eles marcarem", avisa Picerni.




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;