Política Titulo Legislativo
Ainda sob reformas, Câmara de Sto.André alaga novamente

Gabinetes e outros departamentos ficaram inundados; contrato deve ter acréscimo de 36%

Fábio Martins
Nelson Donato
Do Diário do Grande ABC
20/09/2016 | 07:00
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Claudinei Plaza/DGABC


Com previsão inicial de término para hoje, as obras de impermeabilização da Câmara de Santo André não impediram que, mais uma vez, o prédio legislativo ficasse inundado entre domingo e ontem por conta das chuvas. Diversos gabinetes parlamentares e departamentos da Casa sofreram com goteiras e, consequente, alagamento. Orçadas em R$ 557,4 mil, as intervenções são feitas pela empresa Ponto Forte Construções e Empreendimentos. Por causa dos problemas verificados nas instalações, o contrato com a companhia será prorrogado até novembro e haverá aditamento dos valores.

A situação se repete após vazamentos provocarem há duas semanas mesmo impasse, gerado pela reforma na laje do prédio. Desta vez, porém, o expediente não foi encerrado. Pela manhã, a equipe do Diário esteve no local e constatou estragos ocasionados pela chuva. Sacos de lixos foram utilizados para cobrir computadores, mesas e armários na tentativa de evitar prejuízos dos equipamentos públicos. O edifício não tinha fornecimento de energia elétrica, desligada “por questões de segurança”. Funcionários ainda removiam o excesso de água e fixavam avisos sobre os riscos de acidentes no espaço.

Os gabinetes mais afetados foram os dos vereadores Almir Cicote (PSB) e Roberto Rautenberg (PRB). Ambos ficaram completamente cheios d’água e mais de 12 horas depois da chuva ainda apresentavam goteiras. Outro setor comprometido foi o de cópias. Parte do forro do teto cedeu e, misturado com o vazamento, formou massa densa que dificultou o trabalho de limpeza. “Perdemos caixas de papel sulfite e estamos preocupados com os armários que estão lotados de arquivos. Ainda não sabemos qual é a situação dos computadores”, lamentou um funcionário.

O vereador José de Araújo (PSD) criticou o método de a construtora realizar a reforma. “O problema está se arrastando. Começou no meu gabinete. A empresa foi contratada para dar solução. Não sou técnico da área, mas acho que deveria ser feito em partes, gradativo. Como os responsáveis pelo serviço mexeram em todo espaço de uma vez, acabou causando este transtorno”, disse, ao acrescentar que não houve condições para atender a população.

Presidente da Câmara, bispo Ronaldo de Castro (PRB) responsabilizou a situação pelas irregularidades em obras anteriores – a última se deu em 2008. “Fizeram gambiarra quando construíram laje em cima da outra, malfeita. Íamos cumprir com o prazo, só que com esta surpresa tem que prorrogar”, afirmou, admitindo agora que o acréscimo deve atingir 36%. 




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