Por mais que alguns militantes petistas em São Bernardo insistam em defender chapa pura na eleição municipal, as chances de o prefeito Luiz Marinho ter um correligionário no projeto de reeleição estão cada vez mais reduzidas. Além da resistência do chefe do Executivo, a bancada petista no Legislativo também quer que o vice de Marinho saia de um partido do arco de alianças.

"Não podemos brincar com uma questão importante como essa do vice. Estamos com um quadro de aliança com 20 legenas, não dá nem para pensar em chapa pura", afirma Tião Mateus, um dos primeiros a manifestar apoio à abertura da chapa majoritária.

O parlamentar Paulo Dias segue o coro. "Esse debate não precisa ser feito agora. O prefeito tem liberdade para escolher o vice no leque de aliados que temos, não há novidade nisso", avalia.

"A única possibilidade de o PT ter chapa pura (no pleito majoritário) é se os partidos aliados desejarem. Essa foi uma decisão unânime na última reunião da nossa bancada", disse o líder do PT na Câmara, Matias Fiúza.

Marinho já advertiu que ele escolherá o candidato que o acompanhará no projeto de reeleição em conjunto com os partidos aliados, reafirmando que a definição não sairá antes de 30 de junho, último dia determinado pela Justiça eleitoral para a realização das convenções partidárias. "Acho muito difícil que a gente conclua no fim do processo que seja alguém do PT para compor a vice, que deve ser ocupada por um dos (partidos) aliados", disse o chefe do Executivo.

Apesar disso, a expectativa do presidente do diretório petista, Wanderley Salatiel, é de que o quadro eleitoral seja definido no encontro municipal da sigla, que será realizado em 28 de abril.

"O PT e outros partidos têm realizado seus encontros, é normal que debatam e mobilizem seus filiados", prosseguiu Marinho.

Dentro do arco de alianças do petista são cotados para o posto o presidente do PDT, Edinho Montemor, o ex-presidente da Câmara Nelson Campanholo (PSDC), a manutenção do atual dono do posto, Frank Aguiar (PTB), dentre outros.