A saída de Picerni já era especulada desde quarta-feira, quando a equipe perdeu a final da Copa Libertadores da América, no Pacaembu, para o Olimpia. Naquele jogo, o técnico foi expulso de campo por reclamação ainda no primeiro tempo, quando o Azulão vencia por 1 a 0. O time do ABC só precisava de um empate para ficar com o título, mas levou dois gols na segunda etapa e acabou perdendo nos pênaltis.
Apesar de dizer que a mudança no comando da equipe não foi motivada pela expulsão na final da Libertadores, Nairo Ferreira disse que um técnico “tem de ter equilíbrio” sob pressão. O presidente ressaltou que Picerni concordou em deixar o clube, em uma negociação “amigável”.
“Até para ele (Picerni) é interessante”, declarou Nairo, lembrando que a perda de três títulos (Copa João Havelange 2000, Campeonato Brasileiro 2001 e Libertadores 2002) desgastou o técnico. “Ele é um grande profissional e vai ser feliz em outro clube, porque está qualificado para dirigir qualquer equipe brasileira”, afirmou.
O presidente admitiu que a frustração após a perda da Libertadores foi muito grande, e admitiu que desde a noite de quarta pensava em novos nomes para substituir Picerni. Ele disse que só falou sobre a demissão com Picerni na noite de quinta, porque o técnico também estava muito abatido. A definição da saída aconteceu na manhã desta sexta.
Nairo revelou que o nome do novo treinador da equipe será anunciado na segunda ou terça-feira da próxima semana. Ele explicou que o técnico que será contratado terá de se adequar ao “perfil” do Azulão, de futebol ofensivo e união entre os jogadores. “O São Caetano não vai mudar sua filosofia”, garantiu.
O possível ‘desmanche’ do Azulão foi negado. Nairo explicou que, por enquanto, apenas Rubens Cardoso e Robert sairão do clube. Os dois estavam no São Caetano por empréstimo. O presidente falou que pode negociar os outros atletas se houver boas propostas, mas por enquanto ninguém teria procurado o time oficialmente.
O dirigente terminou a entrevista dizendo que o São Caetano vai manter sua política “pé no chão” e disse que apesar de não ter uma grande torcida, administrativamente o Azulão é “maior que o São Paulo, Corinthians, Santos e Palmeiras”.
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