O vice-presidente da Gestão Empresarial do Santo André, Romualdo Magro Júnior, ainda não digeriu as críticas do presidente do clube, Celso Luiz de Almeida, que responsabiliza os atuais comandantes do Ramalhão pelo atraso no pagamento de impostos e diferentes encargos. O braço- direito de Ronan Maria Pinto estranhou o susto de Celso Luiz ao denunciar possíveis excessos nos gastos.

O atual comandante do Jaçatuba também ameaçou reter a cota da FPF (Federação Paulista de Futebol), de R$ 1, 8 milhão, que será destinada aos participantes do Estadual de 2011. Houve a reação imediata do outro lado.

"Ao assumirmos o futebol, os tributos e as dívidas (da antiga administração) eram bem superiores ao que hoje acontece. Providenciados acordos que puderam ditar os rumos de nosso trabalho. Isso (números negativos) é histórico. É coisa de muito tempo atrás. Diria que demos uma organizada. Agora, procuramos compatibilizar ao máximo as receitas e as despesas para que tudo seja sanado na hora certa. Que ele (Celso Luiz) não se preocupe. Sabemos como honrar nossos compromissos", defendeu-se Magro Júnior.

O dirigente ainda confirmou o inicio da reestruturação salarial destinada, segundo ele, a adequar a estrutura aos tempos de crise que o rebaixamento à Série C impõe ao Santo André. Além da Terceirona, há duas importantes competições previstas no próximo calendário: o Paulistão e a Copa do Brasil. "A nova política envolve os diferentes cargos em todos os departamentos. As contratações já estão inseridas nessa reformulação", esclareceu.

Segundo ele, a folha salarial do ano passado havia sido reduzida à metade. Para 2011, despenca mais 50%. "Não há como evitar isso. Mesmo assim, creio que teremos um time competitivo."

Enquanto isso, o supervisor Juraci Catarino disse ontem que o técnico Pintado analisa diversas opções que retornam das parcerias. O volante Juninho (Varginha) é um dos possíveis nomes.