A Tivit, empresa de terceirização de serviços em tecnologia da informação que pertence ao Grupo Votorantim e ao fundo de investimentos Pátria, vai vender ações na Bovespa. A companhia anunciou ontem em comunicado que deve chegar à Bolsa no dia 28 deste mês. Serão vendidas pelo menos 38,3 milhões de ações. Cada uma delas deve ser negociada entre R$ 16,50 e R$ 20,50. Caso o preço seja fixado na média dessa faixa - ao preço de R$ 18,50 - a operação movimentará cerca de R$ 708,5 milhões.

A venda de ações da empresa, porém, pode levantar um volume ainda maior de recursos. É o que acontecerá caso o preço fique no teto da faixa. Se isso ocorrer, o que indicará forte interesse dos investidores por participar da operação, a Tivit pode optar por vender outras 5,7 milhões de ações ou 15% do lote colocado inicialmente à venda. Dessa maneira, por maior demanda, a operação levantaria R$ 902 milhões.

Não é a primeira vez que a empresa tenta ir à Bolsa, o que aconteceu em outubro de 2007. Na época, a operação foi interrompida em meio aos primeiros sinais negativos dados pela crise econômica mundial. Os investidores ficaram receosos e acharam muito arriscadocomprar novas ações.

Em sua ida à Bovespa a Tivit fará uma oferta secundária. Isso quer dizer que não serão vendidas novas ações. Apenas parte das já existentes e que atualmente são de sócios da empresa estão incluídas no negócio. Em operações desse tipo o dinheiro arrecadado não vai para o caixa das empresas. Fica todo com os vendedores das ações, que apenas trocam de mãos.

PEQUENO INVESTIDOR - A oferta da Tivit é aberta a investidores de pequeno porte que queiram comprar ações. O primeiro passo para participar da operação é procurar uma corretora credenciada. A lista das que poderão atender aos clientes será divulgada na próxima quarta-feira, dia 16. Conhecendo as corretoras cadastradas, o investidor terá até o dia 23 para procurar uma delas e reservar uma determinada quantia de ações. O investimento mínimo é de R$ 3 mil; o máximo é de R$ 300 mil.

A Tivit será a segunda empresa a chegar na Bolsa no ano. A primeira foi a Visanet, que captou R$ 8,3 bilões em junho.