O presidente do Parlamento libanês, Nabih Berri, decidiu adiar para o dia 12 de janeiro a sessão, prevista para este sábado, para eleger o presidente da República, anunciou nesta sexta-feira o escritório de Berri.
Este adiamento, o 11º em três meses, era previsível, devido à ausência de consenso entre a maioria anti-síria e a oposição, próxima de Damasco e Teerã.
O Líbano, que passa por sua pior crise política desde o fim da guerra civil (1975-1990), está sem presidente desde a saída, em 23 de novembro, do pró-sírio Emile Lahud.
O chefe do Exército, Michel Sleimane, aparece como o principal candidato, mas as duas partes não conseguem chegar a um acordo sobre o mecanismo de uma emenda constitucional que permitiria sua eleição.
A oposição também exige negociações sobre a composição do futuro governo antes da eleição, o que a maioria recusa.
Este impasse é considerado o prolongamento da queda-de-braço entre o Ocidente de um lado, e a Síria e o Irã do outro. A maioria acusa a oposição de ser controlada por Damasco, e a oposição considera que a maioria é subordinada aos Estados Unidos.
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