Os gastos com o consumo abriram caminho para esse resultado, com aumento de 4,4% no terceiro trimestre e de 4,8% no ano, o maior ganho anual em 14 anos. Além disso, o governo estima que as exportaçoes avançaram ao ritmo mais rápido desde o final de 1996. "Nao há qualquer razao óbvia para a retraçao do crescimento", disse Suzanne Rizzo, economista chefe dos Estados Unidos.

Mas, mesmo com o forte crescimento, a inflaçao continua na mira dos economistas. O deflator de preços do PIB, medida da alta de preços que serve de referencial para a maioria dos investidores, avançou a um ritmo de 0,8% no quarto trimestre, a menor alta desde 1959, depois do aumento de 1,0% no terceiro trimestre. No ano, o deflator aumentou 1,0%, o menor ganho anual desde 1949.

"O ano de 1999 pode ser semelhante ao que vimos em 1998, sinais contínuos de forte crescimento e inflaçao baixa", prevê Rick MacDonald, economista da Standard&Poor's MMS em Belmont, na Califórnia.

Os resultados divulgados nesta sexta pelo Departamento de Comércio superaram as expectativas dos analistas, que previam ganho de 4,5% no quarto trimestre, depois do ganho de 3,7% no período anterior.

Com o patamar de 3,9%, os Estados Unidos entram no terceiro ano consecutivo de crescimento acima da casa de 3%. Trata-se do mais longo período de ganhos desde 1983-86.

Os analistas lembram que os consumidores estao se beneficiando com a inflaçao baixa, preços menores do petróleo, taxas de juros igualmente baixas, ganhos generosos nas bolsas e um índice de desemprego de 4,3% em dezembro, o menor desde 1970.