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Câmeras quebradas no Celso Daniel comprometem vigilância no parque
Fabiana Piasentin
Do Diário OnLine
01/08/2008 | 09:11
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As 23 câmeras instaladas no Parque Prefeito Celso Daniel, no bairro Jardim, em Santo André, não estão cumprindo a sua principal função: ajudar na fiscalização das dependências do espaço público, sobretudo no período da noite, já que o local funciona 24 horas por dia.

A professora Nádia Magnani, 53 anos, alega ter sido vítima da fiscalização ineficiente no parque na semana passada. Ela afirma que na última quinta-feira encontrou um homem dentro do seu veículo, que estava parado no estacionamento do local. "O rapaz disse que se confundiu e que a chave dele abriu o meu carro. No entanto, na hora de ir embora, ele foi para a rua e não para o seu veículo", relata.

Nádia procurou a GCM (Guarda Civil Municipal), que registrou a ocorrência e, de acordo com a professora, disse que nem todas as câmeras do local operam perfeitamente. "Eles falaram que apenas uma delas funciona", conta. Apesar do susto, Nádia não fez B.O. (boletim de ocorrência) e continua freqüentando o parque.

A Prefeitura de Santo André informou, por meio de sua assessoria, que não divulga informações sobre as câmeras em manutenção para não comprometer a segurança do local. De acordo com o município, a equipe que atua no local é orientada a priorizar pontos críticos do espaço, como a região dos sanitários e do estacionamento.

"A fiscalização é realizada 24 horas por dia por uma equipe de 25 guardas municipais, além de quatro seguranças patrimoniais, que fazem a vigília no estacionamento do parque", informou a Prefeitura.

No entanto, o policiamento não é sinônimo de segurança para alguns freqüentadores do local. A estudante Marlene Alves de Oliveira, 51 anos, evitar freqüentar o parque à noite. "Depois das 18h é meio arriscado vir para cá, porque a gente percebe que têm pessoas estranhas. Além do mais, essas câmeras não funcionam", afirma. A opinião é compartilhada pelo aposentado Luiz Fernandes, 67 anos. "Eu me sinto mais seguro porque venho [ao parque] de manhã. Eu não viria à noite", completa.

De acordo com a Prefeitura, os problemas mais freqüentes do parque são os atos obscenos, com 34 ocorrências (das quais quatro foram constatadas e 30 ainda estão em averiguação) no primeiro semestre deste ano. Os casos de furto só são registrados pela Guarda quando ocorrem dentro da área do parque ou são presenciados por agentes. No entanto, a Prefeitura informou que não tem acesso ao banco de dados de ocorrências policiais.




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