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Estado todo terá internet grátis em 2010
Fábio Zambeli
Da APJ
21/09/2009 | 07:06
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Conectar os 645 municípios do Estado em banda larga gratuita com a rede mundial de computadores até o final de 2010. Esta é a meta do Programa Acessa SP, que expande seus postos em progressão geométrica e passa a atingir, já neste semestre, a zona rural em alguns dos mais remotos rincões paulistas.

A implantação de novas bases vai consumir, de imediato, R$ 3 milhões em investimentos, além dos R$ 7 milhões já programados para o ano. A concepção e execução estão a cargo da Prodesp (Companhia de Processamento de Dados do Estado de São Paulo).

Desde o lançamento, em 2000, o programa fez 40 milhões de atendimentos e 1,7 milhão de internautas foram cadastrados. Estão em operação 503 unidades, em 444 municípios, com 3.890 computadores e 945 funcionários.

Só no Grande ABC há cinco postos (Santo André, São Bernardo, São Caetano, Diadema e Mauá) e está prevista a instalação do sexto, em Ribieirão Pires.

Funciona assim: ao chegar ao posto, o usuário tem o acesso gratuito em alta velocidade por um período de 30 minutos. O uso é ilimitado. Ao término deste tempo, basta tirar uma nova senha e aguardar a vez de retornar ao micro.

O objetivo, além de romper as fronteiras das novas tecnologias para quem não possui computador plugado à rede, é fazer a ponte do conceito de inclusão digital para a inclusão social. "No passado, a política pública visava o acesso à máquina. Hoje o conceito é acesso ao conhecimento. Passou a ser um programa de inclusão social. Você tem condições de aumentar a empregabilidade, capacitação à distância, ensino de línguas. Enfim, a internet abre as portas para o mundo", afirma Alexandre Araújo, diretor de Serviços ao Cidadão da Prodesp.

Ele alerta que a capilaridade do Acessa SP depende muito das parcerias com as prefeituras, que cedem imóveis e monitores para o funcionamento destas espécies de lan houses oficiais.

"Ao manifestar o desejo de receber, a prefeitura assina convênio se comprometendo a ceder um imóvel onde caibam de 10 a 12 máquinas, arcar com o monitor e energia elétrica. O Estado entra com a capacitação deste monitor. Entramos com o link de banda larga, a aquisição de todo o equipamento e o mobiliário, a instalação de infraestrutura lógica e elétrica, a impressora e todos os insumos." O treinamento dos monitores é feito pela Escola do Futuro, da Universidade de São Paulo.

OBSTÁCULOS - Segundo o dirigente da Prodesp, a escolha dos prédios e a legalização da transferência são entraves que impedem que o processo de montagem de novos núcleos seja mais rápido. "Você tem que receber o imóvel e isso, às vezes, é moroso. Há um passo que a gente tem que dar até a assinatura do convênio que exige um rito legal. Em alguns lugares, perdemos um pouco mais de tempo."

Para Araújo, todavia, os obstáculos não assustam e ocorrem na minoria dos casos. "Cada cidade tem seu problema, mas a gente consegue levar aos municípios o nosso modelo. Destes 110 que estamos implantando neste momento, só em cinco estamos tendo problema. A margem é pequena."

O cronograma de instalação obedece a critérios estabelecidos pelo governo, como carência de acesso e demanda local. "Nossa prioridade é atender primeiro às cidades que ainda não têm o programa. Nesta escala de prioridades, o item 2 é que a gente instale postos em locais onde há grande fluxo de pessoas. E o passo seguinte é aumentar a quantidade de postos em municípios de médio porte", explica.




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