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Mundial anima disputas da 10ª Copa Diarinho
Thiago Bassan
Especial para o Diário
14/06/2010 | 07:10
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Fernando Nonato/DGABC


A Copa do Mundo na África do Sul desperta a paixão de muitos jovens no Brasil. Cada lance, cada disputa, cada jogada, cada gol e até mesmo a famosa vuvuzela (leia matéria ao lado) são vistos com entusiasmo e alegria pelos jogadores que disputam a 10ª edição da Copa Diarinho de Futebol Society.

Ontem, no Best Ball, em Santo André, muitos deles vestiam a camisa da Seleção Brasileira. Com cornetas, chapéus, perucas e até mesmo cortes de cabelo semalhante aos das estrelas do Mundial, os meninos não tiravam o olho da TV, acompanhando a transmissão do confronto Alemanha x Austrália pelo Grupo D da competição. Empolgados, eles aproveitavam o momento de descanso pós-partida para brincar com o álbum de figurinhas da Copa, ao mesmo tempo em que assistiam ao jogo. Foram os casos do goleiro Michael Jonhson, do meio-campo Roque Batista e do lateral-direito Pedro Calixto, todos do Santo André Academia de Futebol.

"Estou colecionando as figurinhas já faz algum tempo. Agora que acabamos de jogar (derrota para o Santos por 4 a 3), vou ficar aqui colando e tentando completar meu álbum. Faltam apenas 120 figurinhas", brincou Calixto.

Apesar da diversão com as fotos dos jogadores, o lateral fez pequena crítica em relação ao futebol demonstrado nas primeiras partidas do Mundial. "Eu esperava muito mais dos jogos que aconteceram até aqui. Estão em um nível muito fraco. Principalmente o confronto entre França e Uruguai. Não gostei nem um pouco", afirmou.

Outro craquinho que acompanhava atentamente a partida dos alemães, o goleiro do Santo Fattori, Felipe Vieira, 14 anos, estava feliz com o torneio disputado no continente africano. "Estou satisfeito com essa Copa. Esse jogo da Alemanha está fantástico. Para mim, eles vão ganhar de 3 a 0", disse no intervalo da partida, quando a Alemanha já vencia por 2 gols de vantagem.

Entre os goleiros que disputam o lugar mais alto do futebol mundial, Felipe destaca Júlio César, da Seleção Brasileira. "Ele é o melhor goleiro do mundo. Tenho que me espelhar nele, no que ele faz em campo, se um dia tiver a chance de ser um jogador profissional", comentou. Como estrela da Copa, porém, o jovem preferiu apontar um craque estrangeiro, em vez de algum ídolo nacional. "Acho que o craque da Copa será o Podolski (atacante alemão). Não apenas pelo jogo de hoje (ontem). Ele joga muito", disse Felipe.

‘Clone' lamenta ausência de Neymar

Com o estilo de jogo bem semelhante e visual praticamente idêntico ao do atacante santista Neymar, o jovem Taílson Pinto Gonçalves, meia do MV Santos FC/Santo André, sente bastante a ausência do jogador na lista de atletas que o técnico Dunga levou para a disputa da Copa do Mundo da África do Sul.

"Queria que ele estivesse lá. É um grande jogador e vai fazer falta para a Seleção, com certeza", afirmou Taílson sobre seu clone.

A semelhança fez com que o jovem se acostumasse com o apelido em referência ao menino da Vila.

"Eles sempre me falam isso. Onde vou escuto: ‘Neymar, faz o gol, moleque.' Virou uma coisa normal para mim, nem ligo mais", disse.

Contente com o apelido, Taílson não se cansa de elogiar o futebol de Neymar. "Ele joga muito bem, é craque demais. Se Deus quiser, um dia serei um jogador profissional que nem ele. Tomara", destacou o esperançoso meia.

Vuvuzelas ditam a moda nos alambrados

As famosas vuvuzelas, que geram opiniões favoráveis e contrárias na Copa do Mundo da África do Sul, também marcam presença na Copa Diarinho.

O zagueiro da categoria pré-mirim do Top Spin, Márcio Ferreira, estava preparado com sua vuvuzela oficial, como ele mesmo dizia, antes do jogo de sua equipe contra o América Arbos. Ao lado dos vários amigos, o jovem ecoava o som da corneta nos ouvidos dos colegas que brincavam por perto. "Comprei isso (corneta) para fazer bagunça e bastante barulho mesmo", afirmou.

Para ele, o motivo principal que o levou a adquirir o novo brinquedo foi a Copa do Mundo. "Estava assistindo ao primeiro jogo da África do Sul no Mundial em casa, e resolvi fazer igual. Está na moda", contou o defensor.

Perguntado sobre o fato de o treinador da seleção alemã, Joachim Low, ter afirmado que iria comunicar-se com os jogadores por meio de gestos, devido ao barulho das vuvuzelas, Márcio foi enfático: "Se fosse meu técnico fazendo isso, eu não ia entender nada, então não adiantaria."




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