Os trabalhadores da Petrobras fizeram ontem paralisações de advertência de oito horas (das 8h às 16h) em diversas unidades no País, incluindo paradas no terminal da Transpetro em São Caetano e na Recap (Refinaria de Capuava), de Mauá.
As paralisações - que segundo o Sindipetro Unificado-SP (Sindicato dos Petroleiros), tiveram adesão de 80% nesse período do dia - são uma forma de pressionar para que a estatal melhora suas propostas na mesa de negociação salarial. Com data-base em 1º de setembro, a categoria é formada por cerca de 1.500 trabalhadores na região.
A FUP (Federação Única dos Petroleiros) havia entregue para a Petrobras, no início de agosto, pauta de reivindicação da campanha salarial deste ano pedindo reposição da inflação pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), 10% de aumento real e criação do Fundo Garantidor - que consiste num mecanismo de proteção contra o não pagamento de verbas rescisórias por parte de empreiteiras terceirizadas -, entre outros pontos.
De acordo com o sindicato, em reunião com a FUP no dia 11, a empresa apresentou proposta bem aquém do que almejavam e que incluía reposição da inflação mais ganho real de 2% sobre a RMNR (Remuneração Mínima por Nível e Regime) e gratificação de 80% sobre a remuneração normal e não se manifestou sobre o Fundo Garantidor.
Os representantes dos petroleiros também buscam mudanças na gestão de segurança. Quanto a esse ponto, a Petrobras propõe a realização de fórum nacional, com participação da FUP e sindicatos, para discutir a política e as diretrizes da empresa sobre o tema.
Ainda de acordo com o Sindipetro, há a expectativa de que haja nova reunião de negociação na próxima semana. Caso a situação caminhe para o impasse, pode haver novas paralisações.
Por sua vez, a Petrobras, por meio de comunicado, reforça a importância da mesa de negociação como "melhor meio de manter o diálogo aberto e transparente com os representantes dos empregados durante a campanha salarial". E informa que mantém reuniões constantes, na busca de solução favorável a ambas as partes.
Ainda de acordo com a estatal, o movimento dos petroleiros, realizado ontem, não afetou nem a produção nem as operações da empresa.
Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.