Dos sete candidatos em Mauá, apenas o atual prefeito diz que proposta é leviana
Com exceção do candidato à reeleição à Prefeitura de Mauá, Donisete Braga (PT), os demais seis prefeituráveis planejam implantar uma subprefeitura no Jardim Zaíra. O território, com 100 mil habitantes, é o mais populoso da cidade, conforme noticiou o Diário há uma semana, em reportagem sobre os 60 anos do bairro, completados no mês passado.
Uma subprefeitura tem o papel de receber pedidos e reclamações da população, além de atuar na solução para os problemas apontados. Em São Bernardo, por exemplo, a Subprefeitura de Riacho Grande responde por 44 bairros com aproximadamente 40 mil pessoas. Sem orçamento próprio, está subordinada diretamente ao gabinete do prefeito. Ouro Fino Paulista, em Ribeirão Pires, também conta com o equipamento.
Com a grandiosidade do Jardim Zaíra, Donisete reconhece a necessidade de uma subprefeitura, mas isso não está em seus planos, se reeleito. “Não posso me comprometer em propor isso, devido à condição financeira que o Brasil atravessa. Seria leviano apresentar proposta nesse modelo”, argumentou ele, acrescentando que a Coordenadoria da Defesa Civil, instalada no bairro, “cumpre esse papel.”
O candidato Atila Jacomussi (PSB) projeta estudar a implantação. No entanto, é cauteloso. “Vamos analisar as condições financeiras da Prefeitura. A arrecadação tem caído, o País está em crise e esperamos não ter surpresas em relação ao Orçamento em janeiro”, disse.
Os demais candidatos não concordam com a justificativa de falta de recurso para a instalação de uma subprefeitura no Zaíra. “O custo já existe no custeio geral da Prefeitura. Dimensionarei esse custeio e realocarei o recurso no orçamento da subprefeitura, que não deverá ser somente um escritório de atividades burocráticas, mas também com estrutura para execução de serviços como obras, lixo, Saúde e Educação”, afirmou Clóvis Volpi (PSDB).
Márcio Chaves (PSD) e Rogério Santana (Rede) defendem não só uma subprefeitura para o Zaíra, como também projetam dividir Mauá em macrorregiões que também contem com o equipamento. “O prefeito tem que ter capacidade técnica para coibir desperdícios, racionalizar gastos e encontrar recursos para políticas públicas que são necessárias”, falou Chaves.
“A subprefeitura deve ser acompanhada de uma assembleia representada por membros da sociedade civil para aproximar o poder público do povo”, comentou Santana.
Para Rejane de Moura (Psol), a subprefeitura fará com que a população “faça parte do governo”. Gilberto Barros (PPL) destacou que o equipamento dará assistência ao povo e representação para levar demandas ao prefeito.
Entre as propostas comuns dos candidatos estão a melhoraria do sistema viário e a urbanização e regularização fundiária do Chafik/Macuco.
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