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Começa desocupação de casas na Vila de Paranapiacaba
Cláudia Fernandes
Do Diário do Grande ABC
14/11/2002 | 20:15
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A Subprefeitura de Paranapiacaba e Parque Andreense começou nesta quinta a reintegração de posse de casas da Vila que foram invadidas. Quinta pela manhã, um casal foi retirado de um dos imóveis da parte baixa, onde funcionava a antiga padaria de Paranapiacaba. O oficial de Justiça foi à casa às 10h30, acompanhado de policiais militares e de guardas municipais, caso houvesse resistência. Após a saída do casal que morava no local com a filha ainda bebê, a antiga padaria foi lacrada e quatro guardas municipais vão fazer a vigilância durante todo o fim de semana.   

Para a próxima semana, o diretor administrativo jurídico da Vila, Elisson Costa, diz que existe uma outra agendada, no antigo barracão de solteiros (ao lado da antiga padaria). A idéia da administração é utilizar os imóveis para projetos turísticos. “Nossa primeira providência na antiga padaria é limpar o local, para depois reaproveitá-lo em empreendimento turístico”, disse o diretor.   

A reintegração da antiga padaria foi a primeira de uma série que a subprefeitura promete fazer até o início do ano. Ao todo, são 70 moradores que terão de sair da Vila. São pessoas que estão em situação irregular, não possuem contrato de moradia e não pagam aluguel para a Prefeitura de Santo André, responsável por Paranapiacaba desde o início do ano, quando a Vila passou das mãos da Rede Ferroviária para o município. A diretora do Departamento de Paranapiacaba, Sílvia Costa, não divulga a data certa para as desocupações das casas. Diz apenas que “a previsão é que isso aconteça em março ou abril.”   

“Vamos analisar caso a caso, se as pessoas têm ou não condições de manter o imóvel, qual o histórico da família, se há contrato ou não. E isso será feito em janeiro”, disse a diretora. Foi enfática em dizer que quem não comprovar pagar aluguel, não tiver condições de manter o imóvel e não estiver inserido em programas turísticos da Vila terá de sair. “O que estamos levando em consideração é o critério público de ocupação”, reforçou o subprefeito, João Ricardo Caetano.  

Mapeamento – Desde que a Suprefeitura assumiu a administração da Vila, começou a ser feito um mapeamento das ocupações – situação dos contratos, dos aluguéis e as invasões. “As invasões começaram há quatro, cinco anos, quando a Rede afrouxou o sistema de fiscalização das casas. Época em que a Vila entrou em processo de liquidação. Algumas famílias até mudaram de uma casa para outra por conta própria”, afirmou Sílvia.   Desde agosto, Sílvia disse que a Subprefeitura regularizou a situação de cem pessoas que têm contrato em dia. Esses aluguéis que, segundo ela, estavam defasados foram reajustados e os contratos renovados. Na segunda quinzena deste mês, serão analisadas as situações de famílias que têm contrato regular, porém estão com aluguéis atrasados. A terceira e última fase é a de quem não tem contrato, muito menos paga aluguel.




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