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Santo André tenta se recuperar no Brasileiro em Criciúma
Analy Cristofani
Do Diário do Grande ABC
22/07/2005 | 12:15
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“Chega”, disse o técnico Sérgio Soares, em um grito de desabafo pela seqüência negativa do Santo André no Campeonato Brasileiro da Série B. O treinador cobra agora uma atitude de comprometimento da sua equipe na competição e espera o resultado da bronca nesta sexta-feira, às 20h30, diante do Criciúma, no estádio Heriberto Hülse, na cidade catarinense. Sérgio Soares está no seu limite com o grupo e não admite mais erros. “Eles (jogadores) precisam se entregar um pouco mais, não estão se doando como deveriam. Não dá”, disse.

  Seu nervosismo tem motivo. Segundo ele, “toda gordura que o time tinha, queimou. Não tem mais sobra e agora é correr atrás”. O mesmo exemplo do treinador era dado quando o Ramalhão mantinha a liderança da competição. Mas, com as três últimas derrotas e um empate, acabou a reserva e a equipe precisa encontrar um meio de se recuperar dentro do campeonato para não correr risco de ficar de fora dos oito melhores.

  Assim, Sérgio Soares cobra, exige confiança e futebol de primeira linha. “Isso aqui não pode”, gritava no último coletivo. “Chega”, repetia, parando o treinamento desesperadamente para mostrar aos jogadores que postura querem diante do Criciúma. “Estamos em um trampolim que está no chão. Precisamos voltar à normalidade, buscar uma situação de reversão”, explica.

  Apesar das exigências, o treinador não quer desespero na noite desta sexta-feira. Ele sabe que a situação do seu time poderia ser melhor, mas reconhece também que a do adversário é bem pior. Por isso, quer se aproveitar do mau momento dos catarinenses para conseguir a sua recuperação. “Nossa situação é boa, mas tem quinhentos times atrás e muito perto. Se estamos envolvidos em tudo isso, o Criciúma está dez vezes pior. Não podemos ter ansiedade maior que a deles. É jogar no erro do adversário, deixar eles virem para cima”, imagina.

  O Santo André está em quinto lugar, com 22 pontos. O Criciúma ocupa a zona de rebaixamento, com 13 pontos e na 20ªcolocação.

  Outro fator que preocupa o técnico é a baixa estima dos jogadores. O reflexo disso é a falta de confiança em um momento decisivo dentro dos jogos. Por isso, Sérgio Soares quer que cada um arrisque e chute para o gol, sem medo de errar. “Se está dentro da área, de frente para o gol, não tem porque servir o companheiro, é isso que não pode mais acontecer. Não é hora de transferir responsabilidades. Se errar, não tem problema”.

Tuda– O presidente Ovídio Simpionato convida os torcedores do Ramalhão a acompanharem a partida desta sexta-feira à noite juntos. O grupo vai se reunir no Bar do Mazinho (rua das Hortênsias, 132) na esperança de ver a recuperação do time no campeonato.



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