O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) apurou queda de 13,64% e 2,12% nos preços do litro do álcool combustível e da gasolina, no acumulado das últimas quatro semanas, completadas no dia 13.

As deflações foram responsáveis pela desaceleração do IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor Amplo - 15) de 0,55%, em março, para 0,48% neste mês, considerando o recorte entre 16 de março e 13 de abril, sobre 11 de fevereiro e 15 de março.

Com isso, os preços dos produtos e serviços ao consumidor aumentaram 2,51% em 2010, contra igual período do ano anterior.

Mesmo com a diminuição nos valores dos combustíveis, o grupo alimentos e bebidas, que vem elevando os indicadores de inflação, também pesou para que o IPCA-15 caminhasse opostamente à deflação em abril. No ano, estes itens já acumulam alta média de 4,79%. Este resultado supera o centro da meta de inflação (geral) do governo de 4,5%, para o acumulado de 2010 de 4,5%.

Muito prejudicado pelas mudanças climáticas, o tomate avançou 36,81% e acumula alta de 62,96% em 2010. Portanto quem pagou R$ 3 pelo quilo do fruto no fim de 2009, hoje está desembolsando, em média, R$ 4,88 pela mesma quantidade do produto. O feijão carioca, que deflacionou 1,87% em março no IPCA-15, saltou para inflação de 30,10% neste mês.

ROUPAS - A mudança de temporada, com fim das promoções e entrada de novas coleções, são apontadas pelo IBGE como principais catalisadores para a alta no grupo vestuário, que acelerou de 0,08% em março, para 1,08% em abril.

SÃO PAULO - A região metropolitana paulista teve a quarta maior inflação no período, de 0,38%. Nenhuma região pesquisada teve deflação.