De acordo com o gerente de projetos da Subprefeitura, o arquiteto Wilson Stanziani de Souza, a reforma segue parâmetros estabelecidos pelo Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Arquitetônico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo) e Condephaapasa (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arquitetônico, Urbanístico e Paisagístico de Santo André). O antigo posto de saúde foi construído entre 1946 e 1950; uma garagem e outro cômodo que foram demolidos não pertenciam à obra original e poderiam ser destruídos.

“A idéia é manter a originalidade das obras; quando foi construído, o posto de saúde não tinha esses dois anexos que derrubamos. As telhas também foram trocadas e colocamos as telhas de barro, como era desde a construção.”

O projeto de restauração inclui a mudança de duas portas de entrada e a troca das janelas, destruídas por vândalos. Uma alteração interna, a instalação de telefones e reforma do sistema hidráulico também fazem parte da reforma, tudo permitido pelos órgãos fiscalizadores, segundo Souza.

O mestre-de-obras Francisco Rodrigues do Nascimento disse que todo o trabalho tem acompanhamento do gerente da Subprefeitura. “Tiramos as telhas de amianto, que foram colocadas por cima das de barro, e derrubamos os espaços que, na verdade, eram um excesso. Tudo é feito em cima do projeto original, e não podemos fazer nada que descaracterize o posto. Temos de deixá-lo como era antes das intervenções que criaram esses espaços que derrubamos.”

No entanto, um funcionário da obra desmanchou parte da inscrição ESFJ (Estrada de Ferro Santos Jundiaí) grafada na fachada do local, abaixo da identificação do posto médico. “Percebemos a falha e informamos a Sub-prefeitura. Segundo nos disseram, o desmanche da inscrição foi interrompido e a parte afetada será refeita”, disse a presidente da Sociedade de Preservação e Resgate de Paranapiacaba, Zélia Maria Paralego.