Esperar pacientemente por uma oportunidade na equipe titular é algo corriqueiro a todo jogador de futebol. Os mais jovens, sobretudo, acabam sofrendo mais com a espera por uma vaga para iniciar um jogo. No Santo André isso não é diferente. Ontem, no treino da tarde, o experiente zagueiro Toninho pulou para chutar uma bola, caiu no gramado com dores no joelho esquerdo e tornou-se dúvida para a partida de terça-feira, contra a Portuguesa. E o jovem Vitor, de 19 anos, imediato para a zaga, ficou alerta à espera da chance de estrear.

Nascido em Curitiba, o jogador fez a base em Londrina, onde foi descoberto e trazido para disputar a Copa São Paulo de Juniores pelo Ramalhão. E foi na competição que o técnico Sérgio Soares viu Vitor atuar e o promoveu ao profissional. "Ele resolveu me aproveitar e agora estou aguardando para ver se surge uma oportunidade. Mas em cinco meses já quase tive a chance de estrear no profissional. Foi algo muito rápido", comentou o jogador, que está emprestado até dezembro, mas negocia a permanência.

Essa chance citada aconteceu nada mais nada menos do que no segundo jogo da final do Paulistão. Cesinha e Halisson formaram a dupla titular contra o Santos, mas como Marcel já havia deixado o clube e Toninho estava suspenso, Vitor ficou pela primeira vez no banco de reservas e viu de perto a possibilidade de entrar. Bastava que algo ocorresse a um dos companheiros para que Sérgio Soares tivesse de chamá-lo. "O Pacaembu lotado sempre dá um friozinho na barriga. Estrear em uma final não seria fácil", disse.

Apesar de querer jogar, Vitor aguarda a recuperação de Toninho. "Espero que não tenha acontecido nada, porque ele é muito gente boa", comentou o zagueiro.

Toninho, por sua vez, afirmou que a dor que o tirou de campo mais cedo foi apenas reflexo de algo que já vem acontecendo há algum tempo. "Esse joelho já vem me incomodando e deu uma fisgada maior na hora em que pulei", explicou o jogador, que não sabe se ficará de fora do duelo contra a Lusa. "Acho que não."