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FMI busca desesperadamente uma saída para crise do petróleo
Da AFP
22/04/2006 | 20:21
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A economia mundial está sadia, apesar de um petróleo caro, os grandes devedores pagaram por antecipação os bilhões devidos, os países emergentes acumularam reservas suficientes para não precisarem de seu apoio : aos 61 anos, o FMI procura desesperadamente um motivo para ser.

"É preciso evoluir com o seu tempo", reconheceu placidamente nesta semana o diretor-geral Rodrigo Rato ao explicar detalhes de sua "estratégia de meio de caminho" para o Fundo Monetário International enquanto que a instituição, criada após a segunda guerra mundial, está em plena crise existencial.

Rato obteve sábado o sinal verde para apresentar propostas concretas em setembro durante a assembléia anual em Cingapura.

A carteira dos créditos em curso atualmente do FMI se reduziu a 35 bilhões de dólares, ou seja, o menor nível desde os anos 1980, reduzindo também a esfera de influência na política econômica mundial.

O Brasil, cuja política econômica e social é louvada regularmente por dirigentes do Fundo, pagou recentemente os 15,5 bilhões de dólares que devia.

A Argentina fez o mesmo em janeiro, pagando o débito de 9,6 bilhões de dólares.

O governo argentino preferiu pedir emprestado ao mercado, com taxas mais elevadas, do que se dobrar às condições impostas pela instituição de Bretton Woods em matéria de política econômica e monetária.

A concessão parcelada de créditos passa, com efeito, por exames regulares relacionados aos critérios macroeconômicos muito estritos incluindo privatizações de empresas públicas, redução de despesas governamentais ou ainda altas das taxas de juros.

A Turquia passa pela experiência atualmente. No verão passado, o FMI havia se recusado a desbloquar uma parcela de mais de um bilhão de dólares de um crédito a três anos de 10 bilhões de dólares por causa da ausência de um reforma da previdência social.

E menos créditos liberados significam menos receitas para a instituição multilateral devido aos juros pagos pelos devedores. O FMI calcula que nos próximos três anos deixará de ganhar cerca de 600 milhões de dólares.




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