O Palmeiras perdeu boa chance de dormir no G-5 (zona de classificação da Libertadores) do Brasileiro. À frente duas vezes no placar e com um a mais desde o primeiro tempo, o time cedeu empate de 2 a 2 para o Atlético-PR, ontem à noite, na Arena da Baixada. Assim, caiu para sétimo lugar, com 34 pontos, enquanto o Furacão é o 19º, com 19.

O técnico Luiz Felipe Scolari soube aproveitar a eficiência da bola parada do volante Marcos Assunção e a altura da dupla de zaga Thiago Heleno e Henrique, além do trio ofensivo Luan, Kleber e Fernandão.

Cada cobrança de falta ou escanteio, além dos chuveirinhos para a área, para variar, era a esperança de gol para a torcida palmeirense. Já as trocas de passes e investidas em velocidade não surtiam efeito contra a defesa do Furacão.

O time paranaense, por sua vez, abusava das faltas. A truculência, inclusive, resultou na expulsão de Cleber Santana, aos 36 do primeiro tempo.

Na primeira etapa o Palmeiras jogou melhor, manteve mais a posse de bola, mas tinha dificuldades de penetrar na área atleticana. Dessa forma, a solução foi mesmo a bola aérea. E, aos 14, fez prevalecer o domínio. Após falta ensaiada, Kleber cruzou e Henrique cabeceou livre: 1 a 0.

O gol animou o Verdão, que poderia ter aumentado aos 18, em chute de fora da área do volante Chico, mas Renan Rocha fez excelente defesa. O troco do Furacão foi à altura. Aos 34, após cobrança de escanteio, Marcos Assunção desviou para trás e Guerrón, livre, sequer saiu do chão para cabecear e deixar tudo igual.

A expulsão de Cleber Santana prejudicou a reação paranaense, mas o Palmeiras demorou a aproveitar. Somente no segundo tempo é que fez prevalecer a vantagem numérica: aos sete, em mais uma jogada de bola parada (escanteio), Luan cabeceou, Renan Rocha deu rebote e Fernandão chutou para o fundo da rede.

Mas novamente o Verdão não soube aproveitar a vantagem. Empurrado pela torcida, o Atlético foi para o ataque e, em rápido contra-ataque, Guerrón recebeu lançamento e sofreu pênalti de Marcos. Marcinho igualou e acabou com as esperanças alviverdes de voltar à zona da Libertadores.