"Espero que a torcida goste do meu futebol. Espero ficar aqui até mais que um ano", afirmou o novo reforço cruzeirense, que defendeu Deportivo La Coruña (Espanha), Barcelona (Espanha) e Milan (Itália) depois de deixar o Brasil.
A estrutura do Cruzeiro (campeão soberano do futebol brasileiro em 2003), a possibilidade de conquistar dois títulos inéditos (a Copa Libertadores da América e o Mundial Interclubes), a presença do velho amigo Wanderley Luxemburgo e a proximidade dos filhos foram os fatores principais apresentados por Rivaldo na hora de justificar sua transferência para o clube de Belo Horizonte.
"A minha vinda para o Cruzeiro não foi por dinheiro, mas sim pela estrutura do clube. Outra coisa que pesou foi a minha vontade de não sair do Brasil este ano, para ficar perto dos meus filhos e da minha família. Se não fosse por isso, teria aceito outras propostas que recebi de fora do país", explicou.
Ao conhecer as instalações do Cruzeiro, Rivaldo rasgou elogios ao clube e colocou a Raposa no patamar das maiores equipes do mundo. "A estrutura do Cruzeiro é superior às do Milan e a do Barcelona." O salário que o meia deve receber em Minas Gerais também é digno de primeiro mundo: cerca de R$ 250 mil mensais – valor próximo de US$ 88 mil (ou 68 mil euros).
Durante entrevista coletiva na Toca da Raposa II, ao lado do filho mais velho, Rivaldinho, o meia afirmou que a opinião do garoto foi fundamental para sua decisão profissional. O menino ressaltou para o pai a força do Cruzeiro e a possibilidade de conquistar dois títulos inéditos no currículo. "Nunca conquistei a Libertadores e quero jogar no Japão (onde ocorre a final do Mundial Interclubes)", revelou Rivaldo.
Rivaldo também exaltou a qualidade do elenco cruzeirense. "O time tem muita qualidade", analisou, ressaltando o potencial dos colegas Guilherme e Alex. O técnico Wanderley Luxemburgo também foi lembrado. "Ele é um treinador que a cada dia está fazendo história no futebol brasileiro. É tranqüilo, confiante. Uma pessoa a quem eu devo muita coisa", afirmou, lembrando a amizade que nasceu no Palmeiras (em 94).
A confiança do técnico, aliás, é uma das maiores apostas de Rivaldo no Cruzeiro. No Barcelona, clube em que foi astro, o brasileiro teve problemas sérios com o técnico holandês Louis Van Gaal, que foi determinante para sua saída do azul e grená catalão. No Milan, onde pouco jogou, Rivaldo foi embora sem conseguir se entender com o técnico Carlo Ancelloti.
No Cruzeiro, sob o comando do ‘amigo’ Luxemburgo, a expectativa é retomar o bom futebol que elevou Rivaldo ao status de um dos melhores jogadores do mundo. Além de ficar bem ao alcance do técnico da Seleção Brasileira, Carlos Alberto Parreira.
Trajetória - Rivaldo começou a carreira no Santa Cruz (Pernambuco), mas ganhou projeção nacional defendendo o Mogi Mirim (interior de São Paulo), clube em que fez parte do histórico ‘Carrossel Caipira’ (no começo dos anos 90). Do Sapão, Rivaldo foi contratado pelo Corinthians. Mas voltou a brilhar usando a camisa do Palmeiras, sob o comando de Wanderley Luxemburgo. O Verdão foi a ponte para uma vitoriosa carreira no futebol europeu.
Pela Seleção Brasileira, Rivaldo coleciona uma medalha de bronze olímpica (em Atlanta/96), um vice-campeonato Mundial (na Copa da França/98) e uma Copa do Mundo (Coréia do Sul/Japão, em 2002) – entre outros títulos. Em 1999, ele foi escolhido pela Fifa como o Melhor Jogador do Mundo.
Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.