Prefeituráveis do partido fazem material
sem figuras de Aécio, Serra ou Alckmin
Representantes do PSDB nas candidaturas ao Executivo da região evitaram falar em campanha com a participação de caciques do partido, como o governador Geraldo Alckmin, o ministro de Relações Exteriores, José Serra, e o senador e ex-presidenciável Aécio Neves, tidos como figuras de maior notoriedade no tucanato. Nem mesmo em materiais publicitários os tucanos locais têm buscado como estratégia expor a proximidade com famosos integrantes da cúpula do tucanato, contrastando comportamento com eleições passadas.
O que se comenta é que os tucanos da região têm se esquivado do o uso da imagem de Alckmin após recentes episódios negativos, como a reorganização escolar e do escândalo da merenda. Já com Aécio, que teve bastante apoio durante eleição presidencial na região, a rejeição ocorre pelas inúmeras citações na Operação Lava Jato.
O posicionamento diferenciado ocorre justamente quando o partido decidiu apostar maciçamente em projetos próprios na disputa eleitoral. Ao todo, o PSDB lidera cinco candidaturas no Grande ABC: Santo André (Paulinho Serra), São Bernardo (Orlando Morando), São Caetano (José Auricchio Júnior), Mauá (Clóvis Volpi) e Rio Grande da Serra (Gabriel Maranhão, que busca a reeleição).
O prefeito de Rio Grande foi o único a explicitar que vai buscar ter o apoio de Alckmin. Maranhão, no entanto, não divulgou até o momento imagens ao lado do governador. “Temos o desejo de receber ajuda sim. Ou até mesmo vídeos ou outras formas de ajuda por meio de produtos de campanha”, comentou. A sigla emplacou a vice em Ribeirão Pires – Rosi de Marco fará dobrada com Edinaldo de Menezes, o Dedé (PPS) – e aceitou apoiar Lauro Michels (PV) em Diadema sem espaço majoritário.
Durante o período de convenções partidárias, o que se viu foi a aparição relâmpago do senador Aloysio Nunes nas homologações de Paulinho e Morando. Já com Alckmin, o apoio foi dado por vídeo e somente para Morando e para Lauro Michels, um ex-tucano.
Questionados, os prefeituráveis do partido deram versões diferentes para evitar a presença de caciques. “Os bons quadros do PSDB são sempre bem-vindos. Temos gestões bem avaliadas. Tivemos recentemente a companhia do ministro Bruno Araújo em uma agenda. Para nós, se figuras como essas nos brindarem com suas presenças, será uma honra, isso porque, diferentemente de outros partidos, a gente não se esconde”, discorreu Paulinho.
“Todos que nunca apoiaram o PT são bem-vindos e convidados a integrar nosso projeto político. Segue a mesma condição para quem vamos colocar em nosso material de campanha”, resumiu Morando.
Coordenador regional do PSDB, Márcio Canuto justificou atitude dos correligionários. “O que está sendo feito é para uma precaução, para criar falsa expectativa (de não comparecimento a uma agenda anunciada). Todos buscam o apoio das lideranças do nosso partido.”
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