Eleições 2016 Titulo PSDB
Tucanos da região evitam campanha com caciques do PSDB

Prefeituráveis do partido fazem material
sem figuras de Aécio, Serra ou Alckmin

Leandro Baldini
Do Diário do Grande ABC
24/08/2016 | 07:00
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Denis Maciel/DGABC


Representantes do PSDB nas candidaturas ao Executivo da região evitaram falar em campanha com a participação de caciques do partido, como o governador Geraldo Alckmin, o ministro de Relações Exteriores, José Serra, e o senador e ex-presidenciável Aécio Neves, tidos como figuras de maior notoriedade no tucanato. Nem mesmo em materiais publicitários os tucanos locais têm buscado como estratégia expor a proximidade com famosos integrantes da cúpula do tucanato, contrastando comportamento com eleições passadas.

O que se comenta é que os tucanos da região têm se esquivado do o uso da imagem de Alckmin após recentes episódios negativos, como a reorganização escolar e do escândalo da merenda. Já com Aécio, que teve bastante apoio durante eleição presidencial na região, a rejeição ocorre pelas inúmeras citações na Operação Lava Jato.

O posicionamento diferenciado ocorre justamente quando o partido decidiu apostar maciçamente em projetos próprios na disputa eleitoral. Ao todo, o PSDB lidera cinco candidaturas no Grande ABC: Santo André (Paulinho Serra), São Bernardo (Orlando Morando), São Caetano (José Auricchio Júnior), Mauá (Clóvis Volpi) e Rio Grande da Serra (Gabriel Maranhão, que busca a reeleição).

O prefeito de Rio Grande foi o único a explicitar que vai buscar ter o apoio de Alckmin. Maranhão, no entanto, não divulgou até o momento imagens ao lado do governador. “Temos o desejo de receber ajuda sim. Ou até mesmo vídeos ou outras formas de ajuda por meio de produtos de campanha”, comentou. A sigla emplacou a vice em Ribeirão Pires – Rosi de Marco fará dobrada com Edinaldo de Menezes, o Dedé (PPS) – e aceitou apoiar Lauro Michels (PV) em Diadema sem espaço majoritário.

Durante o período de convenções partidárias, o que se viu foi a aparição relâmpago do senador Aloysio Nunes nas homologações de Paulinho e Morando. Já com Alckmin, o apoio foi dado por vídeo e somente para Morando e para Lauro Michels, um ex-tucano.

Questionados, os prefeituráveis do partido deram versões diferentes para evitar a presença de caciques. “Os bons quadros do PSDB são sempre bem-vindos. Temos gestões bem avaliadas. Tivemos recentemente a companhia do ministro Bruno Araújo em uma agenda. Para nós, se figuras como essas nos brindarem com suas presenças, será uma honra, isso porque, diferentemente de outros partidos, a gente não se esconde”, discorreu Paulinho.

“Todos que nunca apoiaram o PT são bem-vindos e convidados a integrar nosso projeto político. Segue a mesma condição para quem vamos colocar em nosso material de campanha”, resumiu Morando.

Coordenador regional do PSDB, Márcio Canuto justificou atitude dos correligionários. “O que está sendo feito é para uma precaução, para criar falsa expectativa (de não comparecimento a uma agenda anunciada). Todos buscam o apoio das lideranças do nosso partido.” 




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