ouça este conteúdo
|
readme
|
Hackman é um ator que dispensa comentários. Mais recentemente, brilhou na comédia moderninha Os Excêntricos Tenenbaums, ao lado de Anjelica Huston e Gwyneth Paltrow. Mas seu currículo vai muito além – do clássico Bonnie and Clyde – Uma Rajada de Balas (1967), que lhe rendeu uma indicação ao Oscar, ao vilão Lex Luthor em Superman – O Filme (1978). Já Mamet é um conceituado dramaturgo norte-americano que vez por outra se arrisca no cinema – como, por exemplo, em Deu a Louca nos Astros (2000), Cadete Winslow (1999) e A Trapaça (1998). Já tem um prêmio Pulitzer na bagagem e foi duas vezes indicado ao Oscar.
Em O Assalto, Hackman encarna Joe Moore, ladrão com muitos anos de estrada. Seguro e imperturbável mesmo nos momentos de maior tensão, ele é do tipo que tem uma frase de efeito para cada ocasião. Como “eu não daria um passo sem um plano B” ou “o amor faz o mundo girar. O amor pelo ouro”. Seu fiel companheiro, Pinky Pincus (Ricky Jay) não deixa por menos com a máxima “Joe é tão tranqüilo que, quando dorme, são os carneirinhos que o contam”.
Assim como estuda minuciosamente seus crimes, Joe planeja sua aposentadoria. Pretende viajar com a jovem e bela esposa Fran (Rebecca Pidgeon, mulher de Mamet) num barco até algum paraíso tropical na América do Sul. Só que seu destino toma outro rumo quando, durante o roubo de uma joalheria, Joe tem seu rosto filmado por uma câmera de segurança.
Ele decide se apressar em pendurar as chuteiras, mas seu receptador está no encalço. Bergman (Danny DeVito) quer que Joe, antes de partir, faça um último serviço. A missão é quase suicida: ele e sua equipe, completada por Bobby Blane (Delroy Lindo), terão de roubar um carregamento milionário de ouro de um avião com destino à Suíça, enquanto a aeronave ainda estiver em terra firme. Pior: terá de levar consigo o sobrinho bobalhão e inexperiente de Bergman, Jimmy Silk (Sam Rockwell), que tem despertado o interesse de Fran.
O roteiro ainda guarda muitas surpresas, mas a melhor coisa de O Assalto está no tom familiar com que Mamet dirige a história. Um exemplo disso é sua fidelidade com alguns atores – entre eles, sua mulher, Rebecca, e o grandalhão Ricky Jay, presentes em quase todas suas produções. A ficção não poderia parecer mais verdadeira.
Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.