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Ex-meia chega para dar mais coração
Dérek Bittencourt
Do Diário do Grande ABC
04/03/2011 | 07:30
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Há quem diga que o que falta para o Santo André engrenar no Campeonato Paulista é ter gente que vista a camisa. E isso não resume-se apenas aos jogadores como estende-se à comissão técnica. Pensando nisso e com a necessidade de um auxiliar para Sandro Gaúcho, o Ramalhão trouxe o ex-meia Geraldo, que ostentou a camisa do clube por três anos (1999, 2000 e 2002) e, aos 38 anos, chega para passar um pouco do sentimento e da responsabilidade que significa jogar no Santo André.

"Eles (jogadores) têm que vestir a camisa o máximo possível. Por mais que não acordem bem, no mínimo precisam mostrar raça para valorizar as cores que defendem", afirma Geraldo, que agora forma a dupla de ex-jogadores no comando andreense ao lado de Sandro Gaúcho, o segundo maior artilheiro da história do clube, com 58 gols.

Com isso, pode-se esperar que o elenco busque inspiração em seus superiores? O ex-camisa dez crê que sim. "Esse é um dos pontos que pensamos e vamos procurar passar a eles. Potencial todos têm, porque se estão no Santo André, é porque mereceram. Jogar aqui não é para qualquer um. Então vamos procurar que eles soltem todo esse potencial em campo e pôr sangue andreense na veia desde já", diz.

Nos registros, Geraldo aparece com nove gols marcados pelo clube. Um deles, como ele próprio lembra, especial. "Era o quadrangular da Série A-2 de 1999. Jogaríamos com o São Caetano no Anacleto Campanella e eles já consideravam a vitória, tanto que a Avenida Goiás estava fechada para comemorarem. Não começamos bem, mas, aos poucos, melhoramos e chegamos a esse jogo com chance de acesso, assim como eles, para quem bastava um empate. Mas vencemos por 1 a 0 com um gol meu de cabeça. Não subimos pelo critério de desempate, mas eles também não."

 

GANCHO

O lateral-esquerdo Valmir desfalcará o Santo André nas partidas contra o Sampaio Corrêa pela Copa do Brasil - o primeiro jogo será em São Luís, no Maranhão, no dia 16. O atleta foi julgado ontem pelo STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) em função da expulsão no jogo de volta contra o Naviraiense e livrou-se de 12 jogos de gancho ao pegar dois.

"Se poderiam ser 12, dois saíram barato. Eu fiquei realmente nervoso, extrapolei, mas dos males o menor. É um erro que não posso cometer. Infelizmente vou ficar de fora, mas estarei torcendo por meus companheiros", afirma ele.

Na súmula, o árbitro paranaense Adriano Milczvski assinalou que o lateral empurrou o rosto do adversário com a cabeça e em seguida deu-lhe um soco nas costas. O ato foi denunciado como agressão, com pena de quatro a 12 jogos. Mas o advogado andreense Osvaldo Sestário conseguiu a desclassificação para ato desleal, o que foi aceito pelos auditores, e a pena reduzida.

 

 

Adriano recorda interesse de Felipão

O jogo de amanhã entre Palmeiras e Santo André colocará frente a frente três personagens que já estiveram do mesmo lado há alguns anos. O atacante Adriano Louzada, em 2000, então jogador do Botafogo de Ribeirão Preto, despertou interesse do técnico Luiz Felipe Scolari, que o indicou a contratação pelo Verdão.

O treinador foi atendido, mas os dois acabaram não trabalhando juntos em razão da demissão de Felipão. O atacante, porém, foi comandado pelo auxiliar do treinador, Murtosa, com quem foi campeão da Copa dos Campeões.

"Eu estava no Botafogo, fiz bons jogos contra o Palmeiras e o Luiz Felipe pediu a minha contratação. Em razão do fatídico resultado na Libertadores ele saiu, mas o Murtosa ficou. Com ele adquiri experiência e conhecimento. Ajudou, tanto que conquistamos o título da Copa dos Campeões e classificamos o time para a Libertadores. Tenho boas lembranças do Palmeiras e saudades daquele tempo", afirmou Louzada, que ainda foi vice-campeão da Copa Mercosul pelo clube no mesmo ano




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