A importância e os desdobramentos sócio-culturais de Canudos e de Os Sertões, de Euclides da Cunha – o livro-chave para entender a movimentação liderada por Antônio Conselheiro –, são os temas do ciclo de debates Olhares Sobre Canudos. O evento, que começa nesta segunda e se estende até sexta-feira, reúne nomes da classe artística e do meio acadêmico e inaugura a Sala de Debates do Centro Cultural São Paulo (r. Vergueiro, 1.000, São Paulo. Tel.: 3277-3611).

Professor na Universidade do Texas, Leopoldo Bernucci abre o ciclo. As palestras, que têm início às 19h, são precedidas de vídeos, exibidos a partir das 18h na Sala Leon Hirszman. A exposição no Espaço Anexo Alfredo Volpi, composta por reproduções das ilustrações de Aldemir Martins para a 27ª edição de Os Sertões, de 1967, fica em cartaz até o dia 25.

Terça é a vez do músico Gereba, que lançou dois CDs sobre o tema, Canudos e Sertão, fazer a palestra. Luiz Alberto Pereira, diretor dos longas-metragens Jânio a 24 Quadros e Hans Staden, ocupa o horário da quarta-feira.

O diretor do Teatro Oficina Uzyna Uzona, José Celso Martinez Corrêa – que estréia neste ano sua adaptação de Os Sertões –, fala na quinta-feira. Professora na USP e autora de O Império do Belo Monte, Walnice Nogueira Galvão encerra o evento.

Neste ano celebra-se o centenário da primeira edição de Os Sertões. “O evento é uma tentativa de abrir um olhar multidisciplinar sobre esse tema. Buscamos dar, a cada dia, um enfoque diferente cuja soma construa uma visão panorâmica sobre Canudos”, afirma a diretora da Divisão de Pesquisas do Centro Cultural São Paulo, Silvana Garcia.