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Fluminense se 'vinga' e abre 3 a 0 no São Caetano
Fernão Silveira
Do Diário OnLine
24/11/2002 | 19:13
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O Fluminense conseguiu neste domingo, no Maracanã (Rio de Janeiro), a primeira vitória de sua história contra o São Caetano e ainda reverteu a vantagem que era do time do Grande ABC nas quartas-de-final do Campeonato Brasileiro. O tricolor do Rio venceu o Azulão por 3 a 0 e pode até perder por dois gols de diferença no jogo de volta, na próxima quarta-feira (Anacleto Campanella), para garantir uma vaga na semifinal da competição.

Apesar de não ter balançado a rede, o baixinho Romário, principal temor do técnico Mário Sérgio, deu os passes para todos os gols. Aos 21, Romário tabelou com Magno Alves, que abriu o placar. Aos 30, Romário serviu Roni, que fez 2 a 0. Aos 44, o baixinho cobrou uma falta com força na entrada da área, Silvio Luiz bateu roupa e Magno Alves empurrou para a rede.

Resta ao São Caetano apostar no retrospecto positivo das partidas disputadas no Anacleto Campanella. Em seu estádio, o Azulão do ABC não perdeu um jogo deste Brasileiro e ainda conquistou quase 90% dos pontos possíveis. Mas o Flu conseguiu 'desentalar' o São Caetano da garganta. Apesar de só estar entre os times da elite brasileira há três anos, o Azulão já virou um arqui-rival do Fluminense. A rixa começou na Copa João Havelange (2000), quando o ainda desconhecido time do Grande ABC reverteu todos os prognóticos e eliminou o tricolor nas oitavas-de-final com uma vitória de 1 a 0 em pleno Maracanã.

O retrospecto dos confrontos São Caetano x Fluminense aponta agora três vitória para o time do ABC, dois empates e uma vitória do Flu – conseguida neste domingo, dois anos depois da 'zebra' na Copa JH. "Os tabus estão aí para serem quebrados. Todas as mulheres nascem virgens, mas nem todas elas morrem virgens", filosofou o técnico Renato Gaúcho.

"O resultado foi normal. Se eles fizeram 3 a 0 em nós aqui, temos competência para fazer 3 a 0 neles também. Não há nada perdido", afirmou o volante Magrão. "Sabemos que é difícil, mas vamos tentar reverter em casa", avaliou, menos otimista, Claudecir. "Não há nada conquistado. Deixa a torcida comemorar, que ela tem todo o direito de curtir este momento, mas nós temos de manter a seriedade e a concentração", afirmou o goleiro Kléber, do Flu. "É uma partida de 180 minutos. Jogamos 90. Demos meio passo importante. Espero conseguir a vaga na próxima partida", disse Renato Gaúcho.

Diferencial - "O Romário foi marcado quase o tempo todo. Mas numa bola em que ele foi buscar o jogo colocou o Magno Alves na cara do gol. Os três gols foram mérito do total do Fluminense", analisou Claudecir. No primeiro tempo, enquanto o baixinho estava apagado, o São Caetano predominou e teve a chance de largar na frente.

O Fluminense começou melhor e pressionou nos primeiro minutos. Mas a marcação montada pelo técnico Mário Sérgio foi neutralizando o meio-campo ofensivo do Flu aos poucos. Depois dos primeiros 15 minutos, o Azulão já dava as regras no Maracanã. Robert e Adhemar, em bons chutes de longa distância, exigiram grandes defesas de Kléber. A melhor chance do time da casa foi em uma cobrança de falta de Yan, defendida com precisão por Silvio Luiz.

No segundo tempo, apesar de um começo ligeiramente superior do Azulão, tudo mudou de figura. "Meu time colocou um ritmo alucinante no 1º tempo. É evidente que não conseguiria se manter assim no 2º tempo. As equipes do Rio jogam de forma diferente, cadenciando mais a posse de bola", analisou o técnico Mário Sérgio, reclamando que o forte calor da capital fluminense minou o gás do São Caetano. "O jogo estava fácil para a gente no primeiro tempo", admitiu Mário Sérgio.

A história virou para o Flu a partir da entrada de Magno Alves, aos 15 (no lugar de Yan). Seis minutos depois, Romário recebeu na intermediária e deu um passe preciso para Magno Alves. O camisa 17 ajeitou bem e bateu cruzado, no canto direito de Silvio Luiz. O gol impulsionou o Flu, que passou a pressionar um São Caetano cansado e recuado em campo.

Aos 30, depois de o Azulão exigir boa defesa de Kléber em um ataque, Romário desceu ao meio-campo para ligar o contragolpe e acertou um passe de quase 30 metros na medida para Roni, que deu uma bela meia-lua em Fábio Santos e saiu na cara de Silvio Luiz para só colocar no fundo das redes. 2 a 0 Fluminense.

O castigo máximo para o Azulão chegou no terceiro e último gol da partida, aos 44 minutos. Romário cobrou com força uma falta na entrada da área. A bola explodiu no peito de Silvio Luiz e sobrou limpa na pequena área para Magno Alves, de carrinho, completar e fazer 3 a 0.

"É difícil falar o que aconteceu. Vamos falar dos méritos dos atacantes do Fluminense, que tiveram três ou quatro chances e converteram em gol. Nós tivemos as nossas e não aproveitamos", afirmou Adhemar, autor do gol que eliminou o Fluminense em 2000.




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