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Pastor é flagrado com carro roubado em Mauá
Kléber Werneck
Do Diário do Grande ABC
03/08/2002 | 20:22
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Terno beje alinhado, camisa branca e gravata de listras. Não fosse pelas algemas, uma delas prendia a sua mão direita à janela, o pastor Antonio Carlos de Souza, 32 anos, poderia até ser confundido com um delegado na noite de sexta-feira no 1º Distrito Policial de Mauá. Ele foi preso por investigadores do Garra (Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos) por receptação, após ser flagrado com um carro roubado.

Os pecados de Souza não pararam por aí. Em uma tentativa desesperada de se livrar da prisão, o religioso ainda tentou subornar os investigadores com um cheque pré-datado e com a aparelhagem de som da igreja. A oferta, entretanto, foi recusada e o pastor, preso.

Há seis anos, Souza era pastor na igreja Mundial, no Parque São Rafael, divisa entre São Paulo e Mauá. Ele havia saído da prisão há um mês, também por causa de receptação de veículos roubados.

Os policiais do Garra chegaram ao pastor após receberem uma denúncia anônima, que informava que Souza fazia negócios com carros roubados. Os investigadores fizeram uma campana próxima a sua casa, na rua Raimundo Correa, no Jardim Feital, em Mauá, e o prenderam por volta das 21h, quando ele retornava do culto.

O pastor dirigia o Gol prata com placas adulteradas (CSA-4197, de São Paulo). Pelo número do chassi, os investigadores detectaram que o veículo era roubado.

Para se livrar do prisão ainda ofereceu aos policiais um cheque de R$ 5 mil, datado para o próximo dia 12. “Era o dinheiro que ele arrecadava dos fiéis na igreja”, disse o investigador Adriano Jurado.

Sem sucesso na primeira investida, o pastor apelou e ofereceu a aparelhagem de som da igreja. “Brinquei com ele, disse que era DJ e seria muito útil, mas recusamos”, afirmou o outro investigador que realizou a prisão, Alessandro Bertoni. Souza não quis dar declarações.




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