A emissora investiu, então, R$ 350 mil, via leis de incentivo fiscal, no projeto. O filme O Cangaceiro é narrado em flash-back pelo velho Tico, um ex-cangaceiro interpretado pelo veterano Jofre Soares, em sua última participação no cinema. Quando criança, o pequeno Tico era uma espécie de mascote no bando de Galdino. Entre emboscadas, assaltos e cercos, ele relembra a vez em que os cangaceiros Galdino e Teodoro, interpretados por Paulo Gorgulho e Alexandre Paternost, entram em confronto por causa de Maria Bonita, vivida por Luiza Thomé. A situação se agrava quando Galdino seqüestra Olívia, a sobrinha de um prefeito da região vivida por Ingra Liberato, e Teodoro resolve libertá-la.
Até hoje, Massaini não se esquece dos quatro meses de filmagens, entre outubro de 1995 e fevereiro de 1996, no agreste pernambucano. Nesse período, ele garante ter dormido apenas duas noites. Um dos maiores inimigos da equipe técnica foi o sol abrasador da caatinga nordestina. Todos trabalharam sob uma temperatura de até 46º C. “Fui um dos que mais sofreram com o calor. Em cena, usava uma roupa de couro de 17 quilos, sem contar acessórios, como um aplique que deixava meus cabelos mais longos”, afirma Paulo Gorgulho.
“O pior é que o hotel só tinha duas linhas telefônicas. Quando elas estavam ocupadas, ninguém mais se comunicava com o mundo aqui fora. Celular também não pegava”, diz Luiza Thomé.
Massaini, porém, anda tão empolgado com a exibição de O Cangaceiro na TV que já pensa em fazer o mesmo com Pelé – O Atleta do Século, uma cinebiografia sobre o rei do futebol.
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