Quem viu, viu, quem não viu terá de recorrer a vídeos para testemunhar tudo o que Usain Bolt já fez em Olimpíadas. Nesta sexta-feira, na vitória da Jamaica nos 4 x 100 m, o astro mais uma vez desequilibrou a prova e cruzou a linha de chegada em primeiro pela última vez, já que anunciou que os Jogos do Rio de Janeiro serão os últimos da vitoriosa carreira.

Não por acaso, Bolt foi escolhido para fechar o revezamento jamaicano. Nas três passagens anteriores, houve extremo equilíbrio contra norte-americanos, canadenses e japoneses. Quando o Raio pegou o bastão em poucos metros se desvencilhou dos concorrentes e, assim como nos 100 m e nos 200 m, cruzou a linha sozinho, tamanha superioridade, registrando 37s27 e conquistando o nono ouro da carreira.

Os Estados Unidos acabaram sendo desclassificados porque um de seus corredores pisou na linha que divide as raias. O mesmo aconteceu com o time de Trinidad e Tobago. Assim, o Brasil, que iria terminar na oitava e última posição, herdou dois lugares e fechou em sexto. A prata ficou com o Japão, com 37s60, e o bronze com o Canadá (37s64).

Sempre descontraído, Bolt voltou a afirmar que não vai a Tóquio-2020. “(O fim da carreira). Foi do jeito que eu queria, que sonhava, aliás, não esperava tamanho sucesso”, disse o jamaicano, que nunca perdeu final olímpica, mas não soube dizer qual vitória foi mais saborosa. “Todas são maravilhosas, não dá para escolher uma”, despistou o astro, que comparou a importância da sua carreira com a do ex-boxeador Muhammad Ali e a de Pelé.