Embora tenha evoluído de sua hipertensao e arritmia cardíaca, Maradona continua em terapia intensiva em uma clínica particular de Punta del Leste, a 140km de Montevidéu, onde foi internado na última terça-feira.

Na opiniao do especialista argentino Eduardo Kalina, ``é preciso fazer-lhe um projeto de vida, pois para curar o vício, necessita trocar um plano de morte por um de vida. E afastá-lo de seu meio ambiente agressivo de consumidores', grupo no qual milita há 17 anos.

Titular da cátedra de neurobiologia e fármaco terapêutica de dependências da Universidade de Salvador, Kalina escreveu no jornal esportivo Olé que ``na velha Roma, os escravos também eram considerados como 'dependentes'. A etimologia é muito certeira'.

Em outra página, Olé dá o seguinte título: ``Outra vez a cocaína e Diego', explicando que a análise médica uruguaia revelou que ele havia consumido a droga antes do ataque'.

Olé também disse que para Maradona, a cocaína ``é a adversária maldita, que jamais conseguiu driblar'.

O jornal popular Crónica disse que ``pela cocaína, Diego pode morrer. Assim deu a entender o médico da clínica (onde se encontra internado)'.

O centenário La Nación escreveu em editorial de primeira página: ``o homem do número dez na camisa de futebol continua perdendo pontos na vida. O ídolo que foi capaz de driblar cinco ingleses para marcar o gol da história e dar com as maos o título mundial ao selecionado argentino, hoje nem sequer pode driblar o perigo mortífero da droga. Diego está muito, muito doente'.