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Comércio dilui itens natalinos nas seções
Niceia de Freitas
Do Diário do Grande ABC
13/11/2004 | 16:17
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O comércio do Grande ABC trilhou o caminho inverso do segmento na cidade de São Paulo, onde é possível encontrar lojas sazonais com produtos específicos para o Natal. Tais artigos são oferecidos com grande variedade nas lojas da região, mas estão espalhados entre os diversos departamentos, como papelaria e presentes. A estratégia visa a atrair o consumidor e alavancar as vendas como um todo.

Comerciantes locais acreditam que alocar recursos para uma única loja de produtos sazonais é arriscar o investimento. O principal argumento é o de que o comércio varejista não consegue sobreviver se depender apenas de itens de época. Assim, a diversificação foi a saída encontrada pelos lojistas.

Mesmo lojas que nasceram como a proposta da sazonalidade, como a Nivaldir, atualmente com duas unidades em São Bernardo e três em Santo André, trabalha com ampla gama de mercadorias, desde material escolar, brinquedos e presentes até variedades. Essa foi a estratégia da loja, segundo o gerente comercial da matriz, em Santo André, Élvio Antonio Francisco. Criado há 12 anos, o estabelecimento inicialmente comercializava apenas produtos natalinos.

Segundo Francisco, o Natal já foi bom argumento de vendas, mas atualmente ocupa só mais um espaço na loja entre os produtos tradicionais. Mesmo assim, reconhece ser um item lucrativo, já que possibilita maior tráfego de clientes na loja mesmo antes da chegada do Natal.

O gerente da papelaria Frandi & Francini em Santo André, Leandro César, concorda que, para sobreviver, o comércio tem de diversificar. “Na atual situação, (ter uma loja sazonal) é inviável”, afirma. A estratégia é oferecer os produtos de época e ter o cliente na loja o ano inteiro.

Para atrair mais compradores, os lojistas usam diversos artifícios. O Bazar Angela, há quatro décadas no Centro de Santo André, oferece produtos raros, como o minipresépio dentro de uma casca de noz, que pode ser usado como adorno em árvores ou outras decorações. Na loja, existem cerca de 40 tipos diferentes de presépio, de diversos tamanhos.

Por conta das vendas de Natal, o gerente do Bazar Angela, Mario Belchior Júnior, acredita que o faturamento deve aumentar em cerca de 10% no Natal ante a igual período de 2003. Francisco, da lojas Nivaldir, aposta no mesmo índice de crescimento neste ano. Ele argumenta que, mais definido, o panorama político e econômico proporciona maior segurança ao consumidor.

Outra loja de variedades, o Lojão ABC, de São Bernardo, costuma ampliar o mix com produtos natalinos nesta época do ano. Segundo o gerente Thiago Teixeira, a estratégia de antecipar o estoque se deve à procura, já que os clientes antecipam a compra para pagar menos. “As fábricas diminuem a produção e depois aumentam os valores”, afirma.




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