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Governo age para Cloves presidir a CPI do Imasf

Base de Marinho tem maioria em grupo que definirá cargos; autor do pedido, Pery contesta

Leandro Baldini
Do Diário do Grande ABC
18/08/2016 | 07:00
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Após fracassar na tentativa de frear a instalação da CPI do Imasf (Instituto Municipal de Assistência à Saúde do Funcionalismo) em São Bernardo – Justiça determinou abertura de investigação –, a base de sustentação do prefeito Luiz Marinho (PT) expôs ontem manobra para alçar o vereador José Cloves (PT) à presidência da CPI, em detrimento da nomeação do oposicionista Pery Cartola (PSDB), autor do pedido de apuração.

Na sessão, os vereadores formalizaram os 13 nomes a compor o grupo, que definirá os cargos de presidente, relator e de dois integrantes do trabalho de apuração. Além de Pery, a bancada de oposição terá apenas os votos de Julinho Fuzari (PPS), Antônio Cabrera (PSB) e Marcelo Lima (SD). Os demais a definir os cargos na CPI são aliados de Marinho na Câmara. Casos de José Walter Tavares (PHS), João Batista (PRB), Roberto Palhinha (PTdoB), Índio (PR), Reginaldo Burguês (PSD), Mauro Miaguti (DEM), Ramon Ramos (PDT) e Gilberto França (PMDB) – alguns estão eleitoralmente em raia oposta ao PT, mas continuam votando com o governo. O Diário apurou que apenas Miaguti e Tavares, fora do arco petista, deverão aderir à indicação de Pery à presidência, somando seis votos dos 13 possíveis.

“Detectamos manobra porque hoje (ontem) poderíamos já ter designado os cargos da CPI. Isso justamente porque os sete integrantes dos partidos ligados ao governo agiram para deixar para semana que vem essa definição. Mostra que querem transformar na CPI do abafa”, discorreu Pery.

O pedido de investigação sobre o Imasf foi aprovado em agosto do ano passado, com o objetivo de analisar os motivos pelos quais houve rombo financeiro de mais de R$ 60 milhões na autarquia responsável pelo gerenciamento do convênio médico dos 20 mil servidores públicos. Sem conseguir avançar pelos trâmites na Câmara, Pery acionou a Justiça para garantir abertura da CPI, o que foi acatado.

“Novamente vou recorrer ao Judiciário para reportar tudo o que está acontecendo aqui (na Câmara). A determinação da Justiça foi desobedecida, já que pedia imediatamente o início dos trabalhos”, acrescentou Pery. 




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