Memória Titulo MEMÓRIA
Em busca da biografia do Dr. Benedetti
Ademir Medici
Do Diário do Grande ABC
18/08/2016 | 07:00
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Em agosto de 1916, o Dr. Benedetti, residente em Santo André, seguia para a Itália. Iria atuar como médico na guerra contra os austríacos, conforme Memória publicou semana passada. Temos ruas no Grande ABC com o nome de Benedetti – Alberto e José Benedetti –, mas não temos a biografia do doutor que seguiu para a guerra, um século atrás.

Fica a pauta aos Benedetti de Mauá que voltarão a se reunir – muitos anos depois – no próximo domingo, conforme nos contam Sonia Regina Rossi Ferrari e Leda Cristina Rossi, no artigo que se segue. Seria o Dr. Benedetti parente dos seus antepassados?

A presença em Mauá há quase 80 anos
Texto: Sonia Regina Rossi Ferrari e Leda Cristina Rossi

A família Benedetti chegou à cidade de Mauá em 7-9-1937. O casal Romano e Albina chegou com seus 11 filhos: José, Antonio, Armando, Maria, Alice, Octávio, João, Tercília, Durvalina, Lídia e Fernando, sendo que o 12º filho, Luiz, nasceu em Mauá.

Romano Benedetti, filho de José Benedetti, italiano de Nápoles, nasceu em Itatiba, no Interior de São Paulo, em 1894, onde conheceu e se casou com Albina Ceccon, nascida em Pádova, na Itália, em 15-10-1896.

Em 1937, quando a família mudou-se de Itatiba para Mauá, instalou-se no Centro de cidade, na Rua Itu, hoje Praça da Bíblia.

Dois anos depois, mudou-se para a Rua Fernando Costa, local conhecido como Tanque da Paulista, onde parte da família viveu e criou seus filhos e netos por quase 50 anos.

A vida naquela época era muito difícil. Não havia energia elétrica, água encanada, ônibus, nem pensar. Quase tudo era mato! As famílias sofriam com a falta de escolas – só havia uma na cidade – e poucos empregos.

Na cidade, Romano trabalhou na extração de pedras, nas pedreiras dos Milanesi, mesma atividade exercida por seus filhos mais velhos: José, Antonio e Armando. Alguns filhos atuaram nas fábricas de porcelana que aqui existiam: Maria, Alice, Octávio, João, Tercília, Durvalina, Lídia e Luiz. Outros tornaram-se, mais tarde, comerciantes, como Armando, Octávio e Fernando. Este, até hoje, mantém sua barbearia, há 57 anos, no Centro, e faz questão de mantê-la exatamente como era no início de sua instalação, como forma de preservação da história da cidade.

Os anos se passaram e os 12 filhos formaram suas famílias que, por muito tempo, reuniram-se com bastante frequência, para conversar sobre tudo e todos. Pelo menos uma vez por mês, tios e primos se encontravam para comer, jogar bola, dominó, baralho e malha, e até para brincar de esconde-esconde e queimada. Esse dia era sempre muito esperado, pois era uma grande confraternização.

Com o passar do tempo e as mudanças que a vida impõe, as reuniões ficaram cada vez mais escassas, até que acabaram não ocorrendo mais.

A vontade de reviver esses bons momentos fez com que alguns primos se mobilizassem para promover um novo encontro. Aproveitando que no próximo ano a família completará 80 anos vivendo nesta cidade, será realizado, domingo (21), um encontro que será memorável e que contará com mais de 100 participantes.

A festa acontecerá no clube da Associação Atlética Industrial, com a participação da segunda, terceira, quarta e quinta gerações, reunindo o passado, o presente e o futuro desta grande família.


Diário há 30 anos

Domingo, 17 de agosto de 1986 – ano 29, edição 6124

Santo André – Mappin garante preservação das árvores no espaço da antiga Casa Publicadora Brasileira. Reportagem: Lucia Sauberbronn.

São Bernardo – Reativado o projeto do Parque Metropolitano, em Riacho Grande.

Domingo em São Bernardo – Cinquenta pessoas participam de passeio na Calçada do Lorena.

Domingo em Mauá – A história da família Lacava.

Domingo em Ribeirão Pires – Um passeio pela história da Estrada da Colônia – Parte 2.

News Seller há 50 anos

Quinta-feira, 18 de agosto de 1966 – ano 9, edição 432-A

Manchete – Quarta Regata Oficial na Represa Billings será em homenagem ao aniversário de São Bernardo

Em 18 de agosto de...

1831 – Promulgada a lei que cria a Guarda Nacional, subordinada ao Ministério da Justiça.

1911 – Instalado o Distrito de Paz de Santo André.

1916 – A guerra. Do noticiário do Estadão: a condenação da política alemã de submarinos.

1976 – Palmeiras vence o XV de Piracicaba e conquista o Campeonato Paulista por antecipação e pela 18ª vez: 1 a 0, gol de Jorge Mendonça.

Santos do Dia

Santa Helena (Bitinia, Ásia Menor, século 3 – Roma século 4). Mulher de Constâncio, mãe de Constantino, imperador de Roma. Dedicou-se à evangelização e à expansão do catolicismo em todos os domínios romanos. O culto a Santa Helena é um dos mais antigos da Igreja Católica
Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR

Angelo d’Agostini
Firmino


Municípios Paulistas

Aniversariam hoje: Cajurú e Guarani D’Oeste.

Municípios Brasileiros

Celebram aniversários neste dia 18 de agosto: Bom Jardim de Goiás (Goiás), Caririaçu (Ceará), Cruz Alta (Rio Grande do Sul), Itaguatins (Tocantins), Nova Santa Helena (Mato Grosso), Porto Firme (Minas Gerais) e Tenente Portela (Rio Grande do Sul).

A festa dos 50 anos da OAB de São Caetano

Hoje, a partir das 20h, serão comemorados no salão nobre do Azulão os 50 anos da 40ª Subsecção de São Paulo da OAB, a de São Caetano, criada no mesmo dia em que foram criadas as subsecções de Santo André e São Bernardo, 23 de agosto de 1966. As três receberam os números 38ª, 39ª e 40ª.

O presidente da Seccional de São Paulo era o advogado Adélio Martins. Santo André tinha dois advogados no conselho paulista, Haroldo Santos Abreu e Cid Flaquer Scartezzini.

O grande artífice da criação das subsecções do Grande ABC foi o Dr. Scartezzini, que também era vereador em Santo André.

Em São Caetano, o primeiro presidente da OAB foi o advogado Nicolau Cilurzo. Hoje, com o falecimento do Dr. Cilurzo, o advogado e jornalista João da Costa Faria é o mais antigo causídico de São Caetano. Caberá ao Dr. Faria falar em nome dos colegas na festa de hoje.

Já ensaiando o seu discurso, Dr. Faria reuniu dados históricos alusivos à OAB da sua cidade de São Caetano, mas também das outras cidades. Adiantamos alguns:

Dr. Scartezzini foi o relator dos três processos que criaram as OABs locais. O processo de São Caetano tomou o número D-520.

Em São Caetano havia 100 advogados. O grande entusiasta da ideia de criação da OAB local foi mesmo o Dr. Nicolau Cilurzo. Foi o primeiro presidente, entre 1966 e 1969.

Os advogados não tinham sede. Reuniam-se em pizzarias.
A subseção, em 50 anos de história, só foi dirigida por dez advogados: Nicolau Cilurzo (duas vezes), João da Costa Faria (duas vezes), Angelin Darcie, Sérgio Lima Castro (duas vezes), Henry Veronesi, Luiz Bendazoli, Armando Miron (seis vezes), Tânia Cambiatti de Melo (duas vezes), Rosangela Maria Negrão (duas vezes) e Adilson Paula Dias (presidente atual, em sua terceira gestão).

Hoje a Subsecção de São Caetano tem 2.300 advogados inscritos.
Nomes de alguns advogados que militavam na comarca em 1966: Antonio Russo, Plínio de Assis, José Mariano dos Santos, Oscar Garbelotto, Edes Tinte, Moacyr Rodrigues, Milton Miazzi, Adelina Rocha Giongo, Benedicto Falleiros, Dirceu Oliveira Lima, Joaquim Jacome Formiga, Hertz Jacintho Costa, Sidney Vanucchi, Fernando Augusto Fernandes Rodrigues, José Maria Bernils, Eneas Chiochetti, Joaquim Augusto Faria, Antonio Coutinho de Souza e Paulo Augusto Bueno Wolff. 




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