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Ben-Hur repaginado

Adaptação do longa da década de 1950 estreia
com pegada contemporânea e Santoro como Jesus

Miriam Gimenes
18/08/2016 | 07:00
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Divulgação


 Enfrentar o desafio de adaptar um clássico de 1959 não é fácil. Ainda mais quando o longa em questão é ganhador de 11 estatuetas do Oscar – marca batida décadas depois por Titanic (1998). Timur Bekmambetov (O Procurado, Guardiões da Noite) titubeou. Mas ao ler o roteiro – e perceber suas reflexões – aceitou a responsabilidade e não decepcionou. O resultado pode ser visto a partir de hoje em 1.100 salas de cinema, incluindo várias da região. Ben-Hur tem no elenco Rodrigo Santoro como Jesus Cristo e Jack Huston na pele de Ben-Hur.

Nos dois filmes o enredo é o mesmo: o príncipe Judah Ben-Hur é falsamente acusado de traição por seu irmão adotivo Messala (Toby Kebbell), um oficial do exército romano. Destituído de seu título, afastado de sua família e da mulher amada (Nazanin Boniadi), Judah é forçado à escravidão. Depois de muitos anos no mar, ele retorna à sua pátria em busca de vingança, mas encontra a redenção.  E é aí, no desfecho da trama, que mora a diferença entre os dois longas, inspirados no romance clássico de Lew Wallace, Ben-Hur: Uma História dos Tempos de Cristo.

É claro que a tecnologia – algo inimaginável no fim da década de 1950 – também interfere bastante nas cenas do filme. A corrida de bigas em 3D, gravada durante 32 dias nos lendários Estúdios Cinecittà, em Roma. dá a impressão de que o espectador está dentro da arena onde correm os cavalos. Para rodar a superprodução, a cidade de Matera, do Sul da Itália, foi escolhida como locação principal. Datada do século 3, a localidade foi perfeita, com muitas das casas e estabelecimentos construídos em torno das cavernas existentes.

O ELENCO
Rodrigo Santoro não compara Jesus a nenhum outro papel que tenha feito ao longo de sua carreira, inclusive no cinema. Até por conta do preparo e aprendizado que teve com este trabalho. “Procurei todas as referências, assisti aos filmes que ainda não tinha visto. Procurei na literatura, na Bíblia. Fiz tudo o que podia. Mas a resposta estava dentro. Precisava me conectar com o interior (para interpretá-lo), ficar ligado ao coração.” O brasileiro, que aprendeu muito durante as filmagens, disse que vai guardar “os ensinamentos de Jesus.” A cena da crucificação é capaz de arrancar lágrimas até de um ateu.

E Jack, que inicialmente faria Messala, em conversa com Timur revelou-se perfeito para o papel principal do longa. “Como ator, tudo o que se busca são personagens assim, fantásticos”, comemora o artista, que vem de uma família tradicional do cinema: ele é neto do grande e famoso diretor John Huston, e sobrinho de Anjelica Huston. Também estão no elenco Morgan Freeman (Sheik Ilderim), Nazanin Boniadi (Esther), Sofia Black D’Elia (Tirzah), Ayelet Zurer (Naomi), Moises Arias (Gestas) e Pilou Asbæk (Pôncio Pilatos).




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