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Esposa do proprietário da Papaiz é libertada no ABC
Javier Contreras
Do Diário do Grande ABC
17/07/2001 | 21:36
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O seqüestro de Ângela Papaiz, 73 anos, mulher do proprietário da indústria de fechaduras e cadeados Papaiz, terminou na manhã desta terça. Ela foi libertada por volta das 6h na altura do Km 37 da rodovia Imigrantes, em São Bernardo, seis dias após o início do seqüestro, que aconteceu em São Paulo. Houve o pagamento do resgate, mas o valor e o local não foram divulgados pela família e polícia. Os seqüestradores teriam exigido R$ 1 milhão nos primeiros contatos.

Segundo a Polícia Rodoviária, a vítima foi deixada em uma estrada de serviço, a cerca de 800 m da rodovia. Ângela caminhou pela via e, ao chegar à Imigrantes, pediu auxílio para os carros que passavam. Ela foi resgatada por um veículo da Ecovias (concessionária responsável pelo sistema Anchieta/Imigrantes) e levada até um posto médico na altura do Km 28 da rodovia. Familiares da vítima foram ao local e, acompanhados da polícia rodoviária, a levaram até sua residência, em São Paulo.

A ação dos seqüestradores aconteceu por volta das 13h da quarta-feira da semana passada. Ângela retornava em seu veículo Stratus – conduzido por um motorista da família – para sua casa no bairro do Morumbi, em São Paulo, quando três homens armados com pistolas surgiram em dois carros, cercaram e atiraram contra o veículo a cerca de 50 m de sua casa. Logo depois, assumiram a direção do Stratus – que não era blindado – e fugiram. Momentos depois, ela foi transferida para outro carro, e o Stratus, abandonado.

Segundo funcionários de uma construtora vizinha à casa da vítima e em frente ao ponto da rua onde aconteceu a ação, o seqüestro foi rápido. “Uma Saveiro e um Gol, vindos cada um de um lado da rua, cercaram o carro. Eles foram inteligentes porque nesse ponto da rua não há casas nem câmeras de vídeo”, disse um funcionário que preferiu não se identificar.

Segundo depoimento à polícia, Ângela ficou em um cativeiro de quarta-feira passada até o fim na tarde do dia seguinte; depois, foi levada para outro local, onde permaneceu até esta terça. A polícia acredita que a localização dos cativeiros possa ser no Grande ABC ou na zona sul de São Paulo, divisa com Diadema.

A família Papaiz não quis dar declarações sobre o caso, mas divulgou uma nota à imprensa na qual informava que Ângela Papaiz está bem de saúde e descansa em sua casa. “Ela está um pouco traumatizada, mas passa bem. Só quer saber de dormir”, disse uma amiga da família à reportagem do Diário, ao sair da residência da família nesta terça.

Italiana, Ângela é casada com Luigi Papaiz há 49 anos. A empresa foi criada há aproximadamente 50 anos, e possui uma fábrica em Diadema há 20.




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