A articulação de PT e PMDB em busca de apoio mútuo nas eleições de Ribeirão Pires não preocupa o grupo governista. O Diário publicou ontem que as duas legendas costuram nacionalmente uma aliança municipal. Pré-candidato ao Paço com apoio da administração, o vice-prefeito Edinaldo de Menezes, o Dedé (PPS), acredita que sua eleição dependerá da avaliação do governo. "Estamos fazendo nosso trabalho sem olhar para nossos adversários", afirma o popular-socialista.

Pesquisas encomendadas pelo governo no ano passado apontam que a administração possui aprovação em torno de 70%.

O panorama em Ribeirão Pires possui três pré-candidatos majoritários: Dedé, a ex-prefeita Maria Inês Soares (PT) e o vereador Saulo Benevides (PMDB). Caso as executivas petistas e peemedebistas se alinhem, a eleição ficaria polarizada com o escolhido do chefe do Executivo, Clóvis Volpi (PV) e um representante da oposição - o pleito eleitoral na cidade é de tiro curto, só com primeiro turno. "A oposição faz a articulação que achar melhor para eles. Nós trabalhamos com nossos dez partidos", analisa Dedé.

Maria Inês já relatou a pessoas próximas o desejo de encarar somente o vice-prefeito nas eleições. O entendimento de alguns grupos do PT é que Saulo ‘rouba' votos da petista. "Não estou preocupado quantos vou enfrentar, quero somente governar e terminar a gestão bem, porque é isso que vai me ajudar", ressalta Dedé.

O presidente do PV, José Valentim Seraphim, diz que a eleição municipal será acirrada, independentemente do acordo entre PT e PMDB. "Será no voto a voto. Todos os estudos feitos até o momento mostram os três candidatos empatados", recorda.

O verde não acredita que petistas e peemedebistas estarão dispostos a abrir mão da cabeça de chapa. "Fica difícil essa composição, mas estamos preparados caso isso aconteça. Sempre é bom ter mais candidato, principalmente porque será um pleito disputado", avalia Seraphim.