O mercado de celulares não para de crescer. Na próxima semana, a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) divulgará os resultados consolidados de 2007. A expectativa é que o País chegue aos 120 milhões de aparelhos em operação, o que representará 62 linhas para cada 100 brasileiros.

O crescimento em comparação com 2006 – que fechou o ano com 99,9 milhões de celulares – é de 20%, segundo a Teleco, empresa de consultoria em telecomunicações.

“Se continuar esse ritmo, no máximo em cinco anos teremos a proporção de um celular para cada habitante no País, lembrando que isso não quer dizer que essa tecnologia chegará a todos. É apenas um comparativo”, explica Eduardo Tude, presidente da Teleco.

Em cidades como Brasília e Salvador, o número de celulares já ultrapassa o da população. “Na capital federal, muitas pessoas são de outros Estados e acabam tendo mais de uma linha. Já a capital baiana é uma das que apresenta a maior concorrência entre as operadoras de telefonia móvel”, explica o consultor.

Já na região de DDD 11, que inclui São Paulo e o Grande ABC, a relação ainda é baixa, de 70,75 linhas para 100 moradores, ficando apenas na 12ª posição do ranking de densidade da tecnologia de comunicação móvel.

“Ainda há muito espaço para crescimento em todo o Estado de São Paulo. Apesar de ser um mercado promissor, não é tão explorado por conta da baixa concorrência e apresenta os aparelhos mais caros do mercado”, conta Tude.

Concorrência - A Vivo continua na posição de liderança de mercado no País na análise feita pela Teleco até novembro do ano passado, com 30,8% do mercado. A operadora também é uma das três que opera em todo o território nacional, além da Claro e da TIM.

A Claro, contudo, é a que ganha um dos principais destaques dos últimos anos por conta dos saltos de participação do mercado de telefonia móvel. Com campanhas pesadas para conquistar novos clientes, a operadora chegou aos 25% de fatia e, hoje, apesar de se manter na terceira posição, já encosta na TIM, que apresenta 25,9%.

2008 -  Para este ano, as apostas estão nos avanços das empresas na conquista pela operação em novos Estados e desenvolvimentos de novas tecnologias, como a 3G, a última novidade em telefonia.