Filme de Erick Zonca, causou uma certa sensação quando lançado na Europa. Em Cannes, as atrizes Elodie Boucher e Natacha Régnier dividiram o prêmio de interpretação. São elas, nos papéis centrais, as donas do melhor que a obra tem a oferecer.
Isa (Elodie) faz o tipo otimista, meio riponga, cuja vida é tocada a um ritmo semianarquista. Suas posses cabem numa mochila e ela vive a peregrinar pela França. Sobrevive de insignificantes contravenções, como a de vender cartões natalinos e alegar (falsamente) que a renda seria destinada a crianças carentes.
Interrompe as idas e vindas ao encontrar Marie (Natacha), mulher cicatrizada pela amargura da vida, envolvida numa relação depressiva com o proprietário de uma boate. Tem um emprego que rende um salário ridículo e ocupa uma casa graças a favores que lhe devem. Zonca quer filmar certo por linhas tortas e assim dizer que exclusão social não é exclusividade do terceiro mundo.
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