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Banco Mundial compra crédito de carbono no Brasil
Sérgio Toledo
Do Diário do Grande ABC
03/12/2009 | 07:00
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O Banco Mundial, em continuidade a sua política ambiental, comprou 206.178 toneladas de créditos de carbono gerados no Brasil, através da Metodologia do Carbono Social. Esta é uma das maiores transações deste tipo de créditos já realizadas até hoje. A aquisição vai neutralizar as emissões de gases do efeito estufa de dois departamentos da instituição: o IBRD (Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento, na sigla em inglês) e o IFC (Corporação Financeira Internacional, na sigla em inglês).

Os créditos brasileiros foram escolhidos pelo Banco Mundial entre outros sete diferentes fornecedores. "Isso mostra que os créditos gerados no Brasil são de qualidade, já que o Banco Mundial fez uma seleção rigorosa", diz Divaldo Rezende, diretor-executivo da CantorCO2e Brasil, empresa de commodities ambientais que acertou a venda para a instituição. "O Banco Mundial deu um exemplo que esperamos que seja seguido por outras entidades multinacionais privadas e governamentais."

As reduções de emissões foram geradas a partir de projetos de biomassa renovável geridos pela Carbono Social Serviços Ambientais em oito cerâmicas de quatro Estados (São Paulo, Rio de Janeiro, Ceará e Pernambuco). Essas pequenas empresas, que produzem telhas, blocos e tijolos, substituíram lenha nativa por bagaço de cana, caroço de açaí, casca de arroz como combustível para acender e aquecer os fornos onde as peças são produzidas. Os créditos foram vendidos por um preço entre US$ 7 e US$ 8.

Segundo o presidente da Carbono Social, Stefano Merlin, esses projetos de redução de emissões beneficiam os pequenos produtores locais e ajudam as empresas a serem sustentáveis do ponto de vista energético, ambiental e social. "Trazer projetos de carbono de pequena escala para o mercado é uma conquista muito importante e é uma inovação fundamental no mercado de carbono."




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