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Cariocas não lamentam
por trabalhar no feriado
Dérek Bittencourt
Do Diário do Grande ABC
07/03/2011 | 07:52
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Há quem diga que todo carioca nasce com o samba no pé. Em épocas de Carnaval, principalmente, esse espírito aflora. Mas para quem é jogador de futebol, não tem como curtir a folia. Mesmo assim, os três cariocas do elenco do Santo André não lamentam. Altair Silva, Igor e Edílson aproveitam à sua maneira e torcem de longe por suas escolas de samba.

Nascido em Niterói, berço das escolas Porto da Pedra e Viradouro, Altair Silva tem forte ligação com o samba. "Acompanho sempre. Minha mãe fazia parte das baianas da Porto da Pedra até dois anos atrás. É uma festa muito bonita que junta todas as raças e classes sociais numa só felicidade", disse o zagueiro andreense. "Mas na nossa profissão não dá tempo de curtir", emenda o defensor, que de longe assiste aos desfiles pela televisão.

Igor, natural de Campos dos Goytacazes, diz torcer pela Mangueira. "Gosto de Carnaval, mas faz tempo que não curto. Eu e todo mundo lá em casa torcemos pela Mangueira. Mas não tem condição de curtir. Jogamos sábado e temos jogo na quarta-feira. Não tem jeito", afirmou o atacante.

Edílson, por sua vez, é um carioca atípico. "Nunca gostei muito de escola de samba e lá na minha cidade (Petrópolis, região serrana) não tem nenhuma. Até gosto do Carnaval, é legal. Mas para nós, jogadores, não tem como aproveitar. Não tem folga então não tem tempo para isso", afirmou o meia.

E quem não é carioca, curte do seu jeito, como o matogrossense Neneca. "Eu trouxe minha família toda do Mato Grosso para cá para dar força para a gente superar o momento (o time é 19º colocado no Paulistão). Um ou outro jogador gosta de pular Carnaval, mas todos sabem da responsabilidade e vão se cuidar, porque na quarta-feira temos jogo e precisamos da vitória", disse.

Segundo o preparador físico Rodrigo Quito, as recomendações são para que os atletas peguem leve na folia. "A gente orienta assim, mas vai da consciência de cada um. Existe o desgaste e ainda se perde a noite de sono. Mas todos sabem das nossas condições, nossa situação no campeonato e que tem jogo quarta."

 

Sandro Gaúcho exige manutenção de espírito e dedicação

 

O técnico Sandro Gaúcho não poderá manter a escalação do time que enfrentou o Palmeiras, sábado, e segurou o 0 a 0, em razão da suspensão do lateral-esquerdo Gilberto, expulso. Mas o treinador espera ter o mesmo respaldo quanto ao comprometimento da equipe para a partida de quarta-feira, contra o Americana, no Brunão.

"O espírito e dedicação do time tem que ser o mesmo apresentado nesse jogo (contra o Palmeiras)", disse o comandante andreense, que segue confiante na salvação do Santo André do rebaixamento à Série A-2. "Continuamos acreditando. Agora temos esse jogo em casa e precisamos da vitória."

Questionado se é impossível manter o time na elite, Sandro Gaúcho manteve a esperança em alta. "Nada é impossível. Temos oito jogos pela frente. Somamos um ponto importante (contra o Palmeiras), conseguimos neutralizar o adversário e tivemos até situações para vencer. Estamos evoluindo", concluiu o treinador, que comanda treino hoje.




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