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Profissão do futuro depende do professor
Camila Galvez
Do Diário do Grande ABC
28/09/2011 | 07:30
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Desde o início do Desafio de Redação, em setembro, o Diário abordou diversas profissões consideradas por especialistas como futuristas, com boas oportunidades e altos salários. No encerramento do concurso literário, tratará de uma profissão das mais antigas, mas necessária para que todas as outras possam existir e, mais ainda, para que o futuro possa mesmo chegar ao País: professor.

Formado em História, com licenciatura em Pedagogia e mestrado em Educação, Edson Fasano, 46 anos, é professor da Universidade Metodista. Para ele, o profissional do futuro é aquele que responde às exigências do nosso tempo. "É preciso mais do que transmitir informações, mas possibilitar aos educandos reflexão crítica. A escola gradeada e inflexível precisa ser superada. Um currículo centrado na diversidade cultural, em uma ética planetária, é um desafio", avalia o especialista.

Além da mudança de conduta exigida para quem está no mercado, os baixos salários e a falta de condições de trabalho refletem no número de professores formados no Brasil. Segundo o Ministério da Educação, cerca de 70% dos formados em Licenciatura não trabalham como professores. "Observamos ainda redução considerável pela procura dos cursos de Licenciatura, refletindo um certo desencanto com a profissão", avaliou Fasano.

Para o especialista, a discussão da desvalorização do professor é um problema complexo que envolve, entre outras questões, os valores sociais. "Precisamos, inicialmente, valorizar o professor em suas condições de trabalho, que envolve salário, jornada, formação consistente e permanente, entre outras questões. Para tanto, é necessário que se revejam os investimentos feitos em Educação." 

PAIXÃO
Mesmo com os baixos salários, há quem ainda se apaixone pela área. Caso do recém-formado em Pedagogia Rafael Pelvini, 23. "Sempre gostei de crianças, e o sonho infantil de ser escritor me levou à profissão." Ele decidiu que faria Pedagogia ao participar de um projeto voluntário de leitura em uma creche.

Hoje Pelvini trabalha em uma ONG de Diadema que atende crianças em situação de risco. "A responsabilidade é tão grande quanto as dificuldades que encontramos, mas a paixão pelo que faço compensa tudo."

 

Concurso supera marca de 140 mil redações 

O Desafio de Redação, concurso literário promovido pelo Diário, terminou ontem com um recorde. A marca de 140 mil redações escritas no ano passado foi batida e a expectativa é que o número chegue a 150 mil.

Os estudantes até o 2º ano do Ensino Médio escreveram sobre Profissões do Futuro e os do 3º ano do Ensino Médio, sobre Profissões do Pré-sal, Indústria do Petróleo e Gás.

A expectativa agora é pela premiação, marcada para o dia 9 de novembro, no Ginásio Milton Feijão, em São Caetano. Na ocasião, será conhecido o ganhador da bolsa de estudos integral na Universidade Municipal de São Caetano, voltada aos estudantes que estão concluindo o Ensino Médio. Os vencedores de outras categorias podem ganhar computadores, TVs e bicicletas.

Se a sua escola participou do Desafio, acesse o site www.desafioderedacao.com.br e veja as fotos.




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