Setecidades Titulo Carnaval 2012
Tradição e Seci são favoritas ao título em Santo André

Lírios também fez bonito, mas teve problemas no abre-alas

Natalia Fernandjes
do Diário do Grande ABC
21/02/2012 | 07:00
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Andrea Iseki/DGABC


A Tradição de Ouro está novamente com a mão na taça, que será entregue à campeã do Carnaval 2012 de Santo André amanhã. A atual dona do caneco e a Seci são as favoritas. Se a queda do letreiro do carro abre-alas da Lírios de Ouro passou despercebida pelos jurados, a escola também tem grandes chances de levar o primeiro lugar.

A Acadêmicos do Centreville abriu a noite de apresentações, às 21h20. A escola falou sobre a preservação da natureza, em seu retorno ao Grupo 1. Com atraso de 23 minutos e perda de pontos, o rebaixamento para o grupo de acesso é quase certo. "Era para ter sido melhor, Mas é difícil organizar 300 pessoas", observou o abatido presidente, Reginaldo Jacobina do Nascimento.

Quando o letreiro luminoso do Ocara Clube apontou na Avenida Firestone, por volta das 22h40, as arquibancadas já estavam praticamente lotadas. Ao contar a história do vinho, a bebida dos deuses, em desfile de 55 minutos e 29 segundos, a escola apresentou ao público 11 alas. A mais antiga agremiação de Santo André, com 56 anos, mostrou desde gladiadores, gregos até os benefícios do vinho para o coração.

A Tradição de Ouro foi a terceira a desfilar. Com enredo que falou sobre a inveja, a escola encheu os olhos logo na comissão de frente. Um teatro muito bem ensaiado levantou o público com Judas entregando Jesus Cristo aos soldados romanos para ser crucificado. O último carro, com dragão gigante que cuspia fogo, também impressionou. "Fizemos um desfile técnico. Gastamos R$ 20 mil a menos, mas conseguimos chegar forte neste ano", destaca o presidente Luiz Roberto Gomes, o Luizinho.

A torcida se animou quando a Mocidade Independente Cidade São Jorge adentrou a passarela do samba. Em 51 minutos e 37 segundos, a agremiação mostrou ao público os encantos de um parque de diversões. Teve direito a roda-gigante, carrinho de bate-bate e castelo assombrado. "Estamos em busca do título", diz o presidente Joelcio da Silva.

Um mar de pessoas balançando bandeirinhas vermelhas marcou o desfile da Seci, que falou sobre o artesanato no Nordeste. Além da beleza e animação do público, a bateria sempre nota 10 chamou a atenção. "Fizemos um desfile acima da nossa expectativa", comemora o presidente Ricardo Pereira, o mestre Ricca.

Não fosse por problemas no som e no carro abre-alas, a Lírios de Ouro seria uma das concorrentes mais fortes ao título. O desfile usou o CD Brasileirinho, de Maria Bethânia, para falar da miscigenação do povo brasileiro em 14 alas. Apesar disso, o presidente Emerson Cecatto está confiante. "Somos uma das favoritas novamente", ressalta. A escola foi vice-campeã nos cinco últimos carnavais.

Blocos atraem torcida e animam público

Dois blocos de Carnaval abriram os desfiles do domingo. Tanto a estreante Fúria Andreense quanto a Gaviões da Fiel ABC levaram simpatizantes à arquibancada e levantaram a galera.

A torcida organizada do Santo André contou com 200 integrantes empolgados para a Firestone. O destaque do bloco, que iniciou a apresentação por volta das 19h10, ficou com a jovem, porém entrosada, bateria. "Investimos R$ 10 mil e nossa pretensão é virar escola de samba", observa o presidente, Renato Ramos. O desfile durou 46 minutos e 27 segundos.

Quando o locutor do evento anunciou a entrada do bloco da Gaviões da Fiel ABC, por volta das 20h15, o pessoal da arquibancada já balançava bandeirinhas distribuídas pela agremiação. Junto ao hino do clube, que ecoou pela passarela do samba antes do desfile, fogos de artifício marcaram o início da festa. O enredo do bloco foi Xeque-Mate. O carro abre- alas trouxe peças do jogo de xadrez junto ao tradicional gavião, símbolo do Corinthians.

Festa atrai público de 10 mil à Firestone

Cerca de 10 mil pessoas compareceram à Avenida Firestone para acompanhar os desfiles das escolas do Grupo 1, segundo a Polícia Militar. A noite foi marcada, além do já conhecido atraso, por problemas técnicos no som, o que prejudicou a qualidade do último desfile, segundo integrantes da escola Lírios de Ouro.

A programação do evento previa término das apresentações por volta das 3h10, no entanto, o fim aconteceu apenas às 4h40.

Paralisação de cerca de 30 minutos, antes do desfile da Lírios de Ouro, devido a problemas no som, foi um dos motivos para o atraso. Quando retomado, o som ficou comprometido, o que atrapalhou a última escola, segundo os intérpretes do samba enredo.

Além disso, o intervalo serviu para desanimar o público presente, que se manifestou em protesto contra o problema por várias vezes. O locutor do evento, no entanto, tentava acalmar o pessoal ao dizer que, em instantes, o desfile seria retomado.




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