Na Região Metropolitana de São Paulo, o saldo positivo de 2.111 vagas no varejo, de acordo com dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) foi puxado, principalmente, pelo setor de farmácias e perfumarias (842), comércio automotivo (310), supermercados (188) e eletrodomésticos e eletrônicos (156).

De acordo com Guilherme Diestze, economista da Fecomércio (Federação do Comércio do Estado de São Paulo), o bom resultado foi conseqüência tanto do aumento das vendas em março - impulsionados pela desoneração fiscal do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para veículos - como pela elevação do consumo de primeira necessidade, como alimentos e medicamentos genéricos, e de cosmésticos.

"No entanto, não dá para se entusiasmar, pois o emprego no comércio depende diretamente das vendas, que geram demanda. Ainda estamos em um cenário de volatilidade", afirmou Diestze.

Seu receio se calca também na crença de que o IPI não seria prorrogado, o que provocou uma antecipação das compras - e pode refletir no índice de emprego no comércio de maio, já que seu desempenho é baseado nas vendas de abril.

Por outro lado, no mês passado foram anunciados a redução do IPI para a linha branca e materiais de construção, o que deve colaborar para manter as vagas.