Nem mal teve tempo para se recuperar do revés para o Corinthians e a eliminação no Campeonato Paulista, e o Palmeiras entra em campo hoje, às 19h30, no Estádio Couto Pereira, para enfrentar a sensação do futebol brasileiro, o Coritiba, que venceu as últimas 23 partidas - recorde de vitórias seguidas, superando o próprio time do Palestra de 1996 (21 triunfos). O confronto também vai colocar frente a frente o ataque mais positivo do Brasil, do Coxa, com 75 gols, e a força defensiva do time de Luiz Felipe Scolari, que sofreu só 13 gols.

Os números fizeram com que os adversários trocassem elogios. "Vejo que (os jogadores do Coritiba) são muito bons na bola aérea, então temos de tomar bastante cuidado. Essa soma de vitórias deles veio somente porque fazem muitos gols", elogiou o volante Marcos Assunção, do Palmeiras.

Um dos responsáveis pelo sucesso do Coritiba, o técnico Marcelo Oliveira pediu cuidado com a equipe paulista. "O Palmeiras não tem só uma grande defesa, tem um ataque muito forte, individualidades que podem definir o jogo e a bola parada também é bastante decisiva. A gente tem que se preparar para enfrentar o Palmeiras como um todo", destacou o comandante.

Scolari deve escalar o goleiro Marcos, que não atua desde o dia 6 de fevereiro, contra o Corinthians, e o atacante Wellington Paulista, que não chegou a ser inscrito para o Estadual. "O Marcos está ótimo e tem condições de jogo, senão nem seria relacionado. O Felipão é quem vai decidir", destacou preparador de goleiros Carlos Pracidelli.

Já Wellington Paulista deve entrar na vaga de Valdivia (contusão muscular), com Luan atuando mais recuado. Além do chileno, o técnico não poderá contar com o lateral-direito Cicinho, lesionado, e o zagueiro Thiago Heleno, suspenso. João Vitor e Leandro Amaro devem ser os substitutos, respectivamente.

Do outro lado, Marcelo Oliveira não terá o atacante Marcos Aurélio. O substituto será Anderson Aquino, autor de 11 gols nas 11 partidas em que foi titular.

Irritado, Kleber não poupa árbitro e federação

O atacante Kleber afirmou que o Palmeiras precisa esquecer a eliminação no Paulista diante do Corinthians, mas criticou duramente o juiz Paulo César de Oliveira - que apitou a partida de domingo - e a Federação Paulista de Futebol.

"Foi um dos piores jogos que tive na minha vida. Nunca tinha visto um árbitro tão arrogante quanto ele. Os caras falavam com o Paulo César e ele ria", destacou o atacante, que não poupou a Comissão de Arbitragem da federação. "Não entendo o porquê de eles virem aqui no início do Paulista para explicarem as regras (de futebol). Para quê isso? Não explica nada, todo ano é a mesma coisa. Deixamos de ir para casa e ficamos perdendo tempo aqui, ouvindo esses caras falarem besteira. Não têm que vir aqui falar nada", emendou.

O atacante ainda afirmou que, se fosse presidente do Palmeiras, teria postura diferente à de Arnaldo Tirone, que nem protestou na entidade contra a arbitragem. "Se eu fosse presidente, invadiria o campo. O Eurico (Miranda, ex-presidente do Vasco) fazia isso. Eu seria assim. É difícil ver o que aconteceu e ficar calado", lembrou.

Depois das críticas, Kleber pediu para que o Palmeiras esqueça a derrota. "Precisamos de alegria e não temos tempo para ficarmos pensando em jogo do Corinthians", completou.