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Faltam oftalmologistas nos hospitais
Camila Brunelli
Do Diário do Grande ABC
22/03/2011 | 07:34
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Nario Barbosa/DGABC


Faltam médicos para atender ao grande número de casos de conjuntivite na região. No Pronto Atendimento Central de Santo André, clínicos gerais atendem os pacientes e até receitam colírios, mas a única unidade hospitalar que conta com oftalmologistas é o CHM (Centro Hospitalar Municipal), onde o tempo médio de espera, na tarde de ontem, segundo a recepcionista, era de três horas.

O Pronto-Socorro Central de São Bernardo encaminhava os pacientes para o do Rudge Ramos, onde o tempo médio de espera era de quatro horas. O operador de logística Augusto Dias, 19 anos, aguardava há mais de três horas quando foi atendido. "Isso está muito desorganizado, tem muito idoso que não precisava estar esperando por conta do atendimento preferencial." Dias esteve no hospital no sábado, quando levou a namorada e foi atendido em menos de 15 minutos. "Achei que hoje (ontem) estaria mais sossegado, mas depois é que lembrei que segunda-feira é dia de tentar o atestado para pegar a semana toda", analisou. "Tem muito engraçadinho passando detergente no olho para não ir trabalhar. Por isso estão encaminhando para um especialista", comentou.

No final da fila, a cara de desolação ao constatar o número de pessoas que seriam atendidas antes era inevitável. A aposentada Edméia Perrucci, 70, pegou a infecção da neta de 4 anos. Por sorte, sua filha, Silvia, conseguiu o atendimento preferencial.

No Pronto Atendimento da Vila Luzita também só havia clínico geral. E no Centro Hospitalar a fila era de pelo menos 60 pessoas. Havia quem dissesse que tinha médicos, mas não havia aparelho para fazer o exame.

A professora Ana Alves, 33, disse que deixou de ir trabalhar para tentar ser atendida. "Ontem (domingo), fiquei aqui das 14h às 18h e não tinha nem previsão de ser atendida."




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