“O Santos não terá vida fácil na final”. Isso é o que garante o volante Fabinho, do Corinthians. Desfalque da equipe no primeiro confronto decisivo do Campeonato Brasileiro, o ex-jogador do São Caetano promete não dar espaço ao meia Diego, principal articulador do Peixe e maior destaque da equipe da Baixada Santista na primeira partida. Ausência lamentada por muitos torcedores, o atleta recomenda equilíbrio aos companheiros na luta para reverter a vantagem adversária no playoff final da competição.   

“Não podemos adotar o estilo kamikaze: ir desesperadamente ao ataque e deixar a defesa desguarnecida para os contra-ataques”, disse Fabinho, após o treinamento de sexta-feira, na fazenda das Amoreiras. “Temos de buscar o equilíbrio entre os setores. Saber atacar e, ao mesmo tempo, se defender.”   

Explicar a estratégia, segundo o jogador, não é assim tão fácil. “Temos 90 minutos para marcar dois gols e não sofrer nenhum. Contra o Fluminense, no segundo jogo da semifinal, entramos em campo com a missão de vencer para chegar à decisão. Tomamos um gol no começo da partida e soubemos atacar, mas sem perder o poder de marcação. Conseguimos fazer três gols e mostramos que temos capacidade para reverter resultados. Portanto, não há nada perdido para o Corinthians”, disse Fabinho.   

Para o volante, o meio-campo corintiano ofereceu muito espaço aos meias santistas, que souberam trabalhar bem a bola e variar as jogadas para chegar aos gols. Sem contar os constantes erros de passes do alvinegro, que propiciaram o segundo gol santista. “Temos de ficar em cima deles. Não dar espaço nem para pensar. Só assim atingiremos nosso objetivo”, afirmou.   

O volante Vampeta segue a opinião do companheiro e disse que o fato de o Corinthians se superar em decisões ainda pode fazer a diferença. “Independentemente do resultado do primeiro jogo, o Corinthians é uma equipe que cresce de produção em finais. Dificilmente iremos realizar uma apresentação tão fraca quanto a da semana passada. Entramos em campo sem espírito de decisão e posso garantir que, desta vez, a história será bem diferente”.