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IPVA fica 7,2% mais barato em 2011
Soraia Abreu Pedrozo
do Diário do Grande ABC
19/11/2010 | 07:30
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O IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores) ficará 7,2% mais barato no Estado de São Paulo no ano que vem. O tributo, que tem como base os valores venais dos veículos calculados pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), vai pesar menos no bolso do motorista por conta da redução dos preços dos carros usados.

O levantamento da Fipe registrou queda média de 7,2% nos valores de venda praticados no varejo. Somente motos e similares tiveram retração acima da média (queda de 9,1%). Para os automóveis, o preço médio ficou 7% menor em relação ao ano passado. Caminhões, ônibus e micro-ônibus terão diminuição de 5,8% e os utilitários de 5%.

Com base no valor médio dos automóveis em setembro, a Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo calcula o IPVA 2011. A tabela completa pode ser consultada no site do Diário (www.dgabc.com.br).

A alíquota estadual, calculada sobre o valor venal do veículo, foi mantida. Os automóveis movidos a gasolina e os bicombustíveis recolherão 4% sobre o valor venal; carros a álcool e gás pagam 3%; picape cabine dupla, 4%; utilitários (cabine simples), ônibus, micro-ônibus e motocicletas pagam 2% sobre o valor venal. Os caminhões recolhem 1,5%. Veículos com mais de 20 anos de fabricação são isentos.

A diminuição do preço dos carros se deve, em grande parte, por conta da desoneração do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) - medida determinada pelo governo federal em 2009, durante a crise financeira, que foi estendida até março deste ano.

Mesmo após o término da isenção tributária, muitas concessionárias de zero-quilômetro seguiram oferecendo benefícios para a compra dos veículos. Além disso, a economia se recuperou, aumentando o número de pessoas empregadas e elevando seu poder de compra, principalmente o da classe C.

"A prestação do carro zero é, muitas vezes, mais atrativa do que a do usado. O prazo é maior e se compra sem entrada, ou com a primeira parcela para meses depois da aquisição. Não entendo como eles conseguem tudo isso", desabafa a vendedora Cida Sartori, que trabalha em uma das lojas de veículos semi-novos em Santo André.

Na aquisição de um automóvel usado, Cida explica que depende do ano do carro e da ficha do cliente o número de parcelas em que ele será financiado. Nas concessionárias de veículos novos, isso sequer é levado em questão. O importante é vender.




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