Economia Titulo Recorde
Venda de consórcios cresce 17,5%

Setor comercializou 2,49 milhões de cotas em 2011, marca recorde

Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
17/02/2012 | 07:20
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A venda de produtos pelo sistema de consórcio ganhou impulso no ano passado, superando as expectativas iniciais dos representantes do setor. O segmento cresceu 17,5%, ao fechar 2011 com 2,49 milhões de novas cotas comercializadas, frente às 2,12 milhões totalizadas em 2010. Foi marca recorde, assim como o volume de negócios, que atingiu R$ 76,4 bilhões, 20,9% mais que no período anterior.


O presidente executivo da Abac (Associação Brasileira de Administradoras de Consórcio), Paulo Roberto Rossi, afirma que vários fatores explicam os resultados favoráveis, entre eles o bom momento da economia do País, com níveis de emprego e de renda em alta. O superintendente da Porto Seguro Consórcios, William Rachid, cita ainda que, além do crescimento na demanda por cotas, o tíquete médio (ou seja, o valor pago pelos clientes) também aumentou. Com isso, enquanto as vendas de consórcios da empresa cresceram 20%, o volume de crédito teve alta de 28%.

Rossi explica ainda que a modalidade oferece a chance de o consumidor adquirir bens de forma planejada, a custos reduzidos, desde que tenha em mente que o objetivo é ter o produto no médio ou no longo prazo e não de imediato.

Para 2012, o segmento tem perspectivas mais modestas, de expansão de 7% a 9%. “A crise europeia é uma incógnita”, afirma Rachid.


SETORES –Um dos destaques de 2011 foi a procura por cotas de veículos, que cresceu 21% em 2011. Rossi assinala que a possibilidade de utilização do crédito da contemplação em promoções feitas pelas contadoras serve como estímulo nessa área. Além disso, a estabilidade de preços e a concorrência acirrada entre as marcas também favorecem as vendas.

Especialistas citam ainda que a elevação dos juros nos financiamentos e o aumento das restrições nas compras a prazo no primeiro semestre também colaboraram para a expansão dos consórcios de carros.

Por sua vez, a demanda por imóveis por esse sistema ficou praticamente estagnada, com alta de apenas 0,2% no ano passado.

Para o dirigente, a forte valorização imobiliária atrapalhou, em parte, as vendas nessa área. No entanto, ele projeta que, em 2012, os preços não crescerão em ritmo tão intenso. Com isso, a variação anual da carta de crédito tenderá a se aproximar do valor do imóvel, avalia Rossi. A modalidade segue atrativa não só como forma de compra, mas também como aplicação.

O empresário Edson Abrell, de São Bernardo, é adepto dessa sistemática, como investimento. Ele havia feito uma incursão na área em 2008, com a compra de duas cotas, que já foram sorteadas, cada uma de R$ 30 mil e, em 2009, adquiriu mais três: duas para seus filhos (de R$ 40 mil e de R$ 150 mil) e a terceira para ele mesmo (de R$ 280 mil). “Se você é sorteado, o valor vai rendendo juros, vale a pena”, diz.




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